O ministro das Cidades, Bruno Araújo, renunciou ao cargo nesta quarta-feira em meio ao escândalo de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer.
O motivo da renúncia não foi esclarecida. Fontes do PSDB, partido presidido pelo senador Aécio Neves, também envolvido na denúncia revelada ontem, confirmaram à Agência Efe a saída de Araújo.
Outras fontes disseram que a renúncia de Araújo ocorreu pelo mal estar criado dentro do PSDB tanto pela situação de Aécio como pela de Temer. O presidente foi gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, dando aval para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Já Aécio acertado o recebimento de R$ 2 milhões do empresário.
O PSBD ainda mantém no Executivo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que hoje cancelou seus compromissos para focar na delicada situação de seu partido e do governo Temer.
As vozes da oposição que exigem uma renúncia imediata de Temer foram engrossadas por vários partidos da base aliada, que também consideram que a situação do presidente é gravíssima e insustentável.
A já delicada posição de Temer se agravou hoje, com o anúncio de que o Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar uma investigação contra ele por causa das suspeitas levantadas contra ele.
Até o momento, alguns parlamentares do DEM e do próprio PSDB pediram a renúncia de Temer. Os tucanos também cogitam abandonar o governo caso o presidente permaneça no poder.