O presidente americano Donald Trump fez neste domingo (21) em Riad, na Arábia Saudita, um apelo aos líderes muçulmanos para que lutem contra o “extremismo islamista”, em discurso sobre o islã muito aguardado em todo o mundo.
No segundo dia de sua visita ao país, o republicano insistiu na necessidade de que os países do Oriente Médio e do Golfo tenham um papel mais ativo contra o terrorismo. No texto, que teve trechos antecipados pela Casa Branca, ele se afastou da retórica dura adotada durante a campanha eleitoral, acusada de islamofobia.
“Não é uma batalha entre diferentes religiões”, mas sim “entre o bem e o mal”, afirmou. Trump destacou que a maioria das vítimas de ataques terroristas são “pessoas inocentes das nações árabes, muçulmanas e do Oriente Médio”, e disse que o terrorismo não deve ser medido apenas pelo número de mortos, mas pelo número de “sonhos desaparecidos”.
No pronunciamento, diante de 30 líderes muçulmanos na capital saudita, Trump estimulou o enfrentamento do que chamou de “crise do extremismo islamista”. A expressão é notavelmente diferente de “terrorismo islâmico radical”, usada com frequência pelo republicano durante a campanha eleitoral, o que provocava receio no mundo muçulmano.
“Não estamos aqui para dar uma palestra, não estamos aqui para dizer a outras pessoas como viver, o que fazer, quem ser ou como adorar”, declarou o presidente. “Em vez disso, estamos aqui para oferecer parceria, baseada em interesses e valores compartilhados, para buscar um futuro melhor para todos nós”.
Trump subiu o tom ao pedir a líderes muçulmanos que combatam agressivamente os extremistas: “Expulsá-los de seus lugares de culto e expulsá-los de suas comunidades”.