Após decretar situação de emergência em Alagoas devido as fortes chuvas que atingem o estado há uma semana, o governador Renan Filho (PMDB) se reúne nesta segunda-feira (29), na Sala de Situação, no Palácio Floriano Peixoto, junto aos prefeitos das cidades atingidas a pedido da Associação dos Municípios de Alagoas (AMA). O objetivo é elaborar um plano de auxílio à população que se encontra desabrigada ou desalojada nos municípios de Marechal Deodoro, Rio Largo, União dos Palmares, Murici, Atalaia, Jacuípe, São Luís do Quitunde, Pilar e Maceió.
Como não há um levantamento oficial que distinga se as vítimas estão desabrigadas ou desalojadas, o plano deve traçar um calendário de recuperação dessas cidades. As famílias serão relocadas e devem receber alimentos, roupas e medicamentos. “O tempo está bom hoje em toda Alagoas, esperamos agora que as águas baixem para iniciarmos os serviços de limpeza e para que o cidadão possa voltar para as suas casas”, disse Renan Filho.
Entre os municípios mais afetados, Marechal Deodoro é o que até o momento registra o maior número de danos. A cidade ficou submersa após uma enchente ter destruído diversas casas e deixar aproximadamente cinco mil famílias desabrigadas ou desalojadas.
A visita realizada ainda ontem pelo presidente Michel Temer (PMDB) não deixou muito claro qual seria a ajuda enviada pelo Planalto. Com isso, Renan Filho, em entrevista coletiva, voltou a pedir que o presidente edite uma medida provisória para que o governo em Alagoas possa trabalhar com a verba federal a fim de reconstruir e prever novos danos. “É uma catástrofe que não tem reparação. Para que a visita do presidente aqui se materialize, não fique somente no plano das deduções, eu pedi que ele editasse uma medida provisória para trabalhar a reconstrução e prevenção. Precisamos minimizar os efeitos da relocação das famílias que de imediato precisam de alimentos, roupas, remédios e médicos. Vamos fazer um esforço necessário para Marechal Deodoro”, garante o governador.
Em Maceió, segundo informa Renan Filho, o investimento de prevenção a catástrofes das chuvas deveriam ter sido focados nas grotas. “Precisamos fazer investimento nas grotas de Maceió. É importante reunir as secretarias. Hoje, 250 mil alagoanos moram nas grotas, se elas fosses um município este seria o segundo maior de Alagoas”, explica.
