Vitor Belfort já não pensa mais em aposentadoria. Depois de uma suposta confusão contratual que garantiu ao ‘Fenômeno’ ao menos mais uma luta no octógono, o atleta de 40 anos chega ao card do UFC 212, evento programado para este sábado (3), com a missão de reverter a má fase diante do também veterano Nate Marquardt. E mesmo com a importância do duelo, o carioca garante pensar sempre adiante.
Não escondendo seu desejo de seguir trabalhando na organização mesmo depois de aposentado do cages, Belfort voltou a enfatizar o seu lado empresarial. Afinal, de acordo com seu discurso durante conversa com jornalistas na cidade do Rio de Janeiro, o veterano seria capaz de unir experiência como lutador e visão empresarial, o que o possibilitaria a propor mudanças capazes de melhorar a imagem do MMA.
“Quem não muda de ideia, não cresce. Tenho todas as regras anotadas, conversei com vários médicos. São várias adaptações. Hoje você pode bater o lutador de cara no octógono, isso não deveria existir. Ou aquele pisão que o Jon Jones gosta de dar no joelho. Outro exemplo: eu não sou a favor do cotovelo. Isso abre cortes. Qual esporte você continua mesmo sangrando? Apenas o MMA. Acredito que no futuro teremos muitas mudanças. Até porque se quisermos patrocinadores, não podemos ser o esporte sangrento”, analisou durante o Media Day nesta quinta-feira (1º).
Tais mudanças, claro, gerariam controvérsias e polêmicas. No entanto, alterar as regras, na visão do atleta, faria sentido apenas se ex-lutadores fossem ouvidos, o que não aconteceu na formulação das normas atuais, o que garante a contestação pública de Belfort.
“Quem faz as regras? Deveriam ser atletas. Nós fizemos esse esporte, não foi nenhum empresário. Mas as estrelas foram os lutadores, eles precisam ser incluídos nas discussões de regras. Tenho muitas ideias anotadas, tenho que sentar e debater, ver o que e viável. É tudo muito simples, é necessário que alguém possa ir lá e debater junto. Esse caminho e é onde eu entro.