Print das redes sociais
O Ministério Público Estadual (MPE) em Alagoas solicitou à Polícia Civil, nesta sexta-feira, 2, que o caso de racismo contra uma adolescente, estudante de um colégio particular da Capital alagoana, seja investigado. A jovem foi alvo de ofensas em postagens em redes sociais nesta quinta-feira, (1º).
Em ofício encaminhado à delegada Teíla Nogueira, titular da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente da Capital (Decac), a promotora Cíntia Calumby apresentou cópias de matérias relacionadas ao assunto e o ‘print’ com os supostos comentários preconceituosos.
Antes de finalizar a investigação social, a vítima deverá ser ouvida, bem como os outros adolescentes, que teriam escrito as mensagens com teor racista, e outras testemunhas, seguindo o que determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Com a conclusão da investigação, o MPE iniciará a oitiva das partes envolvidas e, na sequência, decidirá entre representar os adolescentes no campo penal, arquivar o processo ou pedir diligências sobre o caso.
O caso
Nota Colégio Santa Úrsula
Nesta quinta-feira (1º), uma postagem com mensagens racistas foi compartilhada entre estudantes de Alagoas. Na imagem, uma jovem negra, aluna do Colégio Santa Úrsula, é alvo de xingamentos por parte de outros jovens que seriam alunos da mesma instituição de ensino.
Chamada de “macaca azeda”, a garota foi vítima de mensagens agressivas e ofensivas. Expressões como “cabelo de tuim” e “vai comer banana” foram usadas. Entre as mensagens, outros jovens recriminaram a atitude.
Alunos do colégio chegaram a realizar uma manifestação contra o ato de preconceito e em apoio à aluna, com cartazes e mensagens nas redes sociais.
O colégio chegou a emitir uma nota se manifestando sobre o caso, repudiando a atitude, mas sem deixar claro se instaurará algum procedimento administrativo interno.
