STJD levará Inter a julgamento mantendo chance de exclusão da Série B

Google / ReproduçãoVictor Ramos

De todos os 12 acusados pela investigação do STJD sobre o uso de documentos falsos no caso Victor Ramos, a Procuradoria do Tribunal denunciou o presidente do clube à época, Vitório Piffero, e o Internacional. De acordo com a denúncia, o dirigente colorado sabia que os e-mails estavam adulterados e, mesmo assim, resolveu manter os documentos no pedido ao Tribunal. Piffero vai a julgamento por uso de documento falso e pode pegar até 2 anos de suspensão do futebol. Já para o Inter, a Procuradoria manteve o enquadramento no artigo 61 do Código Disciplinar da Fifa, que prevê como pena máxima a exclusão da competição e como mais leve, multa. O julgamento será na terça-feira.

Ficaram de fora da denúncia, os advogados, o executivo do Vitória à época, Anderson Barros, e os empresários e agentes envolvidos. Na denúncia, distribuída na última quarta-feira, o procurador Alamiro Velludo Salvador Netto afirma que os advogados não cometeram qualquer violação às normas regidas pela Justiça Desportiva e que cabe somente à OAB analisar a conduta dos profissionais. Já ao ex-dirigente do Vitória, Anderson Barros, a procuradoria afirma que ele se retratou em depoimento.

A afirmação de que o ex-presidente do Inter sabia que os documentos estavam adulterados é feita a partir de depoimento do diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes. Ele afirmou em interrogatório durante a investigação que “informou – via telefone e pessoalmente – por mais de uma vez, da incongruência do documento”.

Além do uso de documento falso, Piffero também será julgado pelo artigo 254, agir contra a moral desportiva (suspensão de até 10 partidas). Se punido, ele poderá acumular as penas pelo uso do documento falso (234) com a pena do 254, podendo pegar de 6 meses a 2 anos de suspensão, além dos 10 jogos de suspensão.

Piffero não foi ouvido durante o inquérito, mas, segundo o auditor Mauro Marcelo, responsável pelas investigações, ele foi procurado formalmente pelo órgão. A reportagem também está tentando contato com o ex-dirigente.

No relatório, o auditor exime o clube de responsabilidade na adulteração dos documentos e aponta como autor das alterações o empresário do jogador Victor Ramos, Francisco Godoy. A responsabilidade dele está sendo apurada pelo Ministério Público do Rio.

Perícia

A Procuradoria não levou em consideração o parecer feito por peritos contratados pelo Internacional, apontando parcialidade e erros técnicos sobre o trabalho das duas peritas contratadas pelo STJD. De acordo com a denúncia, a contratação das profissionais foi feita de forma “imparcial” por “notório know how”.

O julgamento será feito pela 5ª Comissão Disciplinar, cujo relator é auditor José Nascimento.

Fonte: ESPN

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