Polícia deve ouvir médica que teria se recusado a atender bebê nesta segunda

A médica Haydée Marques, de 59 anos, teria se recusado a atender um bebê de um ano e meio na semana passada. Breno Rodrigues Duarte da Silva tinha um problema neurológico.

Médica rasga papéis na ambulância antes de ir embora

Reprodução GloboMédica rasga papéis na ambulância antes de ir embora

Médica rasga papéis na ambulância antes de ir embora

A Polícia Civil deve ouvir na manhã desta segunda-feira (12) a médica Haydée Marques, de 59 anos, que teria se recusado a atender um bebê de um ano e meio na semana passada. Breno Rodrigues Duarte da Silva, que tinha um problema neurológico, passou mal e só podia ser transportado para o hospital de ambulância e acabou morrendo.
As câmeras de segurança do condomínio onde a criança morava mostraram que a ambulância da empresa Cuidar, terceirizada, chegou às 9h10. Mas a médica que aparece gesticulando e rasgando papéis sequer desceu do carro. Foi embora três minutos depois, sem atender o menino. Ele morreu às 10h26, antes que a segunda ambulância chegasse ao endereço.
Assim que a notícia se tornou pública, outros casos apareceram, como o do paciente Leonel Martins, que respirava com a ajuda de aparelhos. Ele precisou ser levado de ambulância para fazer um exame de ultrassonografia. A médica encarregada de transportar Leonel para o hospital era a Haydée. A família diz que ela foi negligente.
“Quando a ambulância chegou, ela olhou para o meu pai, viu que era paciente de traqueostomia e ventilação mecânica, mas super saudável, conversando, se alimentava com a própria mão. Ela pegou, falou assim: ‘Ué, mas o paciente é de ventilação mecânica?’ Ela se assustou. Aí, quando ela chegou, ela falou assim: ‘Vamos fazer logo o atendimento porque eu estou com fome, eu quero almoçar. Vamos logo com esse atendimento’”, contou um ex-colega.
Outro ex-colega contou caso parecido. “A gente foi fazer a transferência de um paciente (…) Quando a gente chegou no CTI, o paciente estava entubado. Ela começou a tremer e pediu o rádio, eu passei o rádio pra ela. E ela lá de baixo informou que não ia levar o paciente porque a ambulância estava sem respirador.
Buscas
A polícia procurou a médica em três endereços. Os agentes estiveram em Botafogo, no Recreio dos Bandeirantes e em Benfica. Mas, em nenhum deles, a anestesista foi encontrada.

Haydée também tem uma anotação criminal por agredir uma paciente, em 2010. O Conselho Regional de Medicina disse também que a médica já sofreu uma sanção técnica, mas não explicou exatamente qual foi a punição e nem por qual caso.

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