Prefeituras são alvos do Gecoc em esquema de desvio de recursos na saúde

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Uma operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas cumpriu sete mandados de buscas e apreensão na sede de prefeituras, residências e empresas. As investigações estão sendo realizadas desde março e apontam para um esquema de desvio de recursos na área da saúde. Os trabalhos ocorrem desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 17, nas cidades de Mata Grande, Passo do Camaragibe, Arapiraca e Girau do Ponciano.

Essa é a segunda operação realizada em Alagoas que envolve desvios do erário público na área da saúde. Nesta terça-feira, 13, a Polícia Federal apresentou à imprensa os detalhes da operação Holder, deflagrada contra uma empresa que girava em torno do diagnóstico de glaucoma e distribuição de colírio, chegando a desviar só no período de 2014 a 2016 aproximadamente R$ 16 milhões do Sistema Único de Saúde.

De acordo com a assessoria do Ministério Público Estadual, as investigações foram iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexo, porém, as investigações apontaram que se tratava da atuação de uma organização criminosa e os trabalhos foram encaminhados para o Gecoc.

A operação, denominada como Sepse, cumpriu sete mandados de busca e apreensão, sendo três nas prefeituras de Mata Grande, Passo do Camaragibe e Girau do Ponciano, além de empresas e residências nas cidades de Arapiraca e Girau do Ponciano. Não foi informado à imprensa se houve presos e se estão sendo investigados prefeitos.

Ainda de acordo com a assessoria do MPE, um investigado teria delatou um esquema que só no primeiro semestre de 2016 teria desviado aproximados R$ 2 milhões. Segundo nota à imprensa, o delator informou que teria sido convencido por um empresário a criar uma empresa de ‘fachada’ para vender notas fiscais frias em troca de pagamento. Nenhuma identidade foi informada pelo Ministério Público.

“Nessa esteira, o depoente abriu a empresa RR Distribuidora, começando a operar em julho de 2016, ou seja, emitir notas fiscais a pedido do empresário. Ressalte-se que na referida empresa nunca foi realizada qualquer compra, seja de medicamento, seja de outros materiais, sendo, por isso, considerada “fantasma”, isto é, voltada para fraudes em Prefeituras (…)”, trecho da peça judicial expedida pelo Gecoc à justiça.

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