Um ônibus de turismo capotou na BR-135, no Povoado Paus, zona rural de Monte Alegre do Piauí, 786 km ao Sul de Teresina, por volta das 7h deste sábado (17). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) até as 14h20h foram confirmadas 10 mortes e dezenas de feridos foram encaminhados a hospitais de Redenção e Bom Jesus. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também confirmou o número de óbitos.
Ainda de acordo com a PRF, o acidente foi do tipo tombamento seguido de colisão com objeto fixo, envolvendo um ônibus, ainda não identificado, pertencente à empresa Gênesis. A equipe da PRF esteve no local e só foi possível precisar o total de mortos depois de desvirar o veículo.
De acordo com a PRF, os passageiros informaram que o ônibus saiu do Ceará e tinha como destino o estado de São Paulo. A regulação do Samu informou ao G1 que foram dezenas de feridos, alguns com amputações de membros.
Interdição da BR-135
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu no dia 30 de março deste ano o escaneamento dos trechos da BR-315, no Sul do Piauí. O estudo comprovou que as péssimas condições de segurança da rodovia são agravantes para o número elevado de acidentes na região.
O superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Paulo de Tarso Cronemberg, avaliou o pedido da PRF para a interdição da BR-135. Após os recorrentes acidentes no local, o órgão de trânsito elaborou um relatório com várias irregularidades encontradas na rodovia e que oferecem riscos aos condutores.
Para o superintendente Wellendal Tenório, da PRF, parte do resultado das ocorrências registradas decorre das péssimas condições de segurança da via.
“Temos de Elizeu Martins a Cristalândia um problema grande com falha na rodovia. São 18 km na BR-135 sem vias duplicadas, falta acostamento, com desvio do pavimento estrutural da via e outros fatores ausentes. A largura normal de uma rodovia federal é de 7 metros e ali temos 5,8 metros, o que impõe várias situações de riscos para quem passa por ali”, revelou.
Para Paulo de Tarso, a solicitação de interdição seria uma “medida extrema” e alegou que existe um contrato até setembro deste ano com uma empresa privada para realizar a restauração e manutenção da rodovia.