Uma turista negra foi espancada e chamada de “macaca, escrava” por um casal em uma boate de Cuiabá. O homem, um empresário, e a esposa dele, que é médica, foram denunciados por racismo e agressão corporal. Apesar de o crime ter sido cometido no último dia 17, o caso só veio à tona nesta quarta-feira (28), após a amiga da vítima, Juliana Souza, que levou um soco e chegou a ser arrastada pelos cabelos, fazer uma postagem nas redes sociais.
“Macaca, escrava! Tá achando ruim ser chamada de negra? É o que você é”, gritava a médica dentro do estabelecimento, normalmente frequentado pela classe média e alta da cidade, segundo o portal Pragmatismo Polítco. De acordo com a reportagem, funcionários do local também foram xingados pela mulher com ofensas machistas.
No boletim de ocorrência, registrado pela vítima, o caso foi apenas tratado como agressão. “Eles foram negligentes. Ouvi que eles não queriam registrar a ocorrência como injúria racial”, disse um funcioário. Os amigos da suspeita, após perceberem o ato constrangedor, pediram desculpa à turista. Momentos depois, quando saía do banheiro, o empresário deu um soco na mulher, que caiu no chão com a agressão. Após o ocorrido, a esposa do suspeito arrastou-a pelos cabelos.
Além da agressão à Juliana, funcionários também foram alvo. Eles confirmaram a versão da vítima. “Um dos seguranças foi agredido com um soco e teve o crânio fraturado. Eles diziam que não gostavam de negro, que não queriam ser tocados por nenhum de nós”, relatou um segurança. Um deles chegou a receber proposta de dinheiro do empresário para não divulgar a confusão, alegando que “negro gosta de ganhar dinheiro”.
Com autorização de minha colega de trabalho, Juliana Souza, publico as fotos e conto, resumidamente, a história destes hematomas no rosto dela:
Feliz da vida ela foi passar o feriado prolongado na casa de parentes em Cuiabá-MT. Na sexta, 17/06, foi com os primos se divertir em um “pub” da cidade. Em uma mesa, um pouco distante da sua, percebeu um casal, e notou que a mulher a chamava de macaca, o que era perfeitamente perceptível pelo movimento labial…Juliana é negra…Continuou na sua, embora não gostando nada daquela provocação absurda, gratuita, que persistia …Chegou ao ponto de alguém da mesa deles ir até Juliana pedir desculpas…
Em dado momento quando ela foi ao banheiro, ao retornar, foi atacada pelo namorado da moça, com um soco no rosto! Já no chão, surpreendida com a agressão repentina, sentiu-se arrastada pelos cabelos e viu que era a moça que o fazia, enquanto gritava: “VOCÊ NÃO TEM QUE ESTAR AQUI, SUA MACACA, ESCRAVA, VAI PRA SENZALA! TÁ ACHANDO RUIM SER CHAMADA DE NEGRA?! É O QUE VOCÊ É, E TEM QUE PASSAR CHAPINHA NO CABELO!!!”…
Os seguranças interviram, e também negros, foram chamados de macacos e agredidos pelo rapaz(grandalhão e muito forte). Um deles precisou levar pontos na testa…A policia foi chamada, levou o rapaz preso, no CAMBURÃO, a moça nao foi levada, por conta da parcialidade de um dos policiais…(Ele gritou que pagaria propina e não ficaria preso)
Juliana fez exame de corpo de delito, abriu um BO e contratou advogado…Tudo registrado, agora é esperar por justiça, que, se vier, não apagará a agressão que sofreu na sua dignidade, na sua HUMANIDADE, na sua alma… O “rapaz”, pagou fiança, em torno de oito mil reais, e foi solto 19/06…
Nem Juliana, nem os primos entenderam a razão de tanta violência…Era visível o quanto o casal estava alterado, não se sabe se por ingestão de alguma bebida ou drogas…Nada justifica!
Eis os personagens desta triste, revoltante e vergonhosa história:
– A VÍTIMA – Juliana – Pedagoga – Pos Graduação em Psicopedagogia – Excelente profissional – Professora da Rede Pública
– O AGRESSOR – O “rapaz” – Empresário Rico
-A AGRESSORA – A “moça” – Médica pediatra e professora em uma universidade de Cuiabá