Tiroteio deixa mãe e filha mortas na Mangueira e ônibus é queimado em protesto

Moradores levaram os corpos das moradoras, atingidas por balas perdidas. Clima é tenso e Centro de Operações recomenda evitar a área.

Reprodução / FacebookMarlene Maria da Conceição, de 76 anos, e Ana Cristina da Conceição, de 42 anos, foram baleadas e mortas na Mangueira

Marlene Maria da Conceição, de 76 anos, e Ana Cristina da Conceição, de 42 anos, foram baleadas e mortas na Mangueira

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra os corpos de duas mulheres sendo carregados na manhã desta sexta-feira (30), na comunidade da Mangueira, na Zona Norte do Rio. Marlene Maria da Conceição, de 76 anos, e Ana Cristina da Conceição, de 42 anos, chegaram a ser levadas para o Hospital Salgado Filho, no Méier, mas já chegaram mortas ao local.

Mais cedo, houve uma intensa troca de tiros na comunidade e a PM afirmou que policiais foram atacados por criminosos.

Marlene foi atingida no pescoço, em um dos joelhos e nas duas mãos. Ana Cristina foi atingida nas costas. A suspeita é que ambas tenham sido vítimas de bala perdida.

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Pouco antes de ser atingida, Ana Cristina postou um desabafo no Facebook sobre os tiros (veja abaixo): “Não dá para acreditar”.

Apesar das imagens que circulavam desde 12h nas redes sociais, a assessoria de imprensa da UPP só se manifestou às 13h30 quando afirmou que há informações de um terceiro ferido, que teria sido socorrido por moradores e levado em um caminhão de gás para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Ainda não há maiores informações sobre seu estado de saúde.

Reprodução/GloboNewsÔnibus foi queimado em protesto

Ônibus foi queimado em protesto

Após as mortes, um ônibus e outros materiais foram incendiados nas ruas, em protesto. Por volta das 13h20, os bombeiros conseguiram conter o fogo do coletivo. O Centro de Operações da Prefeitura recomendou evitar a área, assim como a Radial Oeste, nesta tarde.

A Rio Ônibus informou que o ônibus incendiado foi o da linha 627 (Inhaúma x Saens Peña) e o motorista foi agredido pelos criminosos ao tentar evitar o ataque. Segundo a empresa, por segurança, os ônibus que operam nas imediações da comunidade da Mangueira alteraram o itinerário para a Rua São Luiz Gonzaga e Avenida Radial Oeste.

A Fetranspor repudiou o ataque ao coletivo na Avenida Radial Oeste, Segundo e federação, só no primeiro semestre deste ano, 65 casos de incêndios criminosos foram registrados, um aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2016 (27 registros). O prejuízo do setor ultrapassa os R$ 48 milhões.

Por volta das 13h15, policiais do Batalhão de Choque chegaram aos entornos da comunidade para tentar conter as ações criminosas. Foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e, em imagens mostradas pelo Globocop, era possível ver manifestantes tentando bloquear a passagem de carros nos principais acessos à Mangueira.

Fonte: G1

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