A quadra chuvosa é o período que se estende entre os meses de abril e julho, quando o volume de precipitações é maior que em outras épocas do ano. Em Maceió, no entanto, o registro de chuva já ultrapassou o quantitativo esperado para os quatro meses, superando a média histórica de 1.256 milímetros, fato que não era registrado há oito anos. De acordo com o balanço sobre a pluviometria, cujas informações são da Defesa Civil da capital, entre abril e julho, foram registrados 1.539 mm, número 22,5% maior que o esperado.
Para os próximos dias, de acordo com a Sala de Alerta da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), a previsão é de chuvas isoladas até quinta-feira (6). A Sala de Alerta também emitiu aviso meteorológico em relação ao aumento na intensidade dos ventos em toda a faixa litorânea.
A Defesa Civil aponta também outro dado da pluviometria que chama a atenção: nos últimos dois meses, o volume de chuva registrado em Maceió já alcançou a média de 83% do quantitativo esperado para todo o ano. Somente em julho, nos três primeiros dias do mês, já choveu 63,2 mm dos 273,7 mm previstos. O quantitativo representa 23% do volume esperado. O que preocupa o órgão é a concentração das precipitações em um curto período.
Em junho, por exemplo, o volume de chuva registrado nos últimos três dias do mês correspondeu a 70% do que era esperado para os 30 dias. Já em maio, o volume esperado era de 382 milímetros. Ao final do mês, o registro foi de 691 mm, quantitativo que foi 81% maior. Deste total, somente nos dias 26 e 27 foram registrados 227 mm, que corresponde a 60% da média histórica de maio.
“Com a chuva frequente, as barreiras ficam encharcadas e a possibilidade de deslizamentos é maior, assim como também a queda de árvores por conta da força do vento e do volume de água pluvial”, explica Dinário Lemos, que é titular da Defesa Civil de Maceió.
Os números do volume de chuva esperado para os meses da quadra chuvosa seguem os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para estabelecer a média, o órgão observou um período de 30 anos, entre 1961 e 1990, o que gerou um quantitativo para cada mês do ano, com atenção especial para os quatro meses em que as precipitações são mais intensas.