Hidratação ajuda a prevenir doenças respiratórias no inverno

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Não é por acaso que sentimos menos sede no inverno. Nessa época do ano, costumamos ingerir menos líquido, principalmente, por causa das alterações sofridas por um hormônio conhecido como ADH, ou antidiurético. Em dias frios, essa molécula desencadeia reações que fazem com que a circulação sanguínea fique concentrada nos vasos centrais para preservar o calor do corpo. Isso nos traz a sensação de que estamos suficientemente hidratados. Consequentemente, nosso organismo leva mais tempo para se dar conta de quando precisa de mais líquido. “Esse processo pode desencadear quadros de desidratação que, por sua vez, facilitam, entre outros problemas, o contágio de doenças respiratórias no frio”, afirma o pneumologista, Dr. Carlos Carvalho, coordenador do Serviço de Pneumologia do Hospital do Coração (HCor).

Hidrate-se constantemente 

O médico explica que isso acontece porque a falta de líquido no inverno contribui com o ressecamento da mucosa das fossas nasais e da boca, desencadeado, principalmente, pelo contato com ar frio e seco que toma conta do ambiente nesta estação. Esse fator, por sua vez, facilita a entrada de vírus e bactérias responsáveis por diferentes problemas de saúde. “Para evitar esse processo não podemos nos esquecer de beber diariamente cerca de um a um litro e meio de água, entre outros hidratantes, ainda que não tenhamos tanta sede. Dessa forma, ficamos ainda mais protegidos, principalmente, contra gripes e resfriados que sempre estão entre as doençasmais comuns neste período do ano”, afirma o pneumologista.

Escolha a bebida certa

No caso de quem faz atividade física, o cuidado com a hidratação deve ser redobrado. Por isso, pode-se fazer uso também de isotônicos, desde que haja o acompanhamento médico necessário. “Vale lembrar que pessoas com problemas renais ou cardíacos devem consumir apenas o volume de líquido indicado pelos seus respectivos médicos, independentemente, da estação do ano ou da temperatura”, ressalva.

Saiba identificar o problema

Para que possamos identificar possíveis ocorrências de desidratação, neste inverno, existem alguns sinais além da sede. Entre eles estão febre repentina, dor de cabeça, boca seca, prisão de ventre, irritabilidade, problemas de pele, como ressecamento, eczema e dermatite, além de urina mais escura. “Embora não possamos classificar como um caso de desidratação, propriamente dito, acordar com dor de garganta também pode indicar a necessidade de reposição de líquido. Afinal, em muitos casos, respiramos pela boca, enquanto dormimos, o que permite que o ar frio e seco do inverno resseque tanto a nossa garganta, quanto as mucosas do nosso trato respiratório superior. Nestes casos, é importante tomar ao menos um copo d’água antes de recorrer a qualquer tipo de medicação”, explica. “De qualquer forma, com todos os cuidados necessários, podemos prevenir ou mesmo reverter os problemas aqui mencionados para conseguirmos enfrentar o inverno com mais saúde e disposição”, conclui o pneumologista do HCor.

Fonte: Assessoria

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