Gato Negro e Mestre José Paulo são atrações do Projeto Linda de Música e Artes Visuais

DivulgaçãoGato Negro JPEG - Foto de divulgação

Se a superstição sugere ligar o alerta quando o calendário anuncia o mês de agosto, o Espaço Cultural Linda Mascarenhas afasta qualquer agouro com mais uma edição do Projeto Linda de Música e Artes Visuais, às 19 horas do sábado, dia 05, com o show da banda Gato Negro e a abertura da exposição “Multiplicidade: das margens lagunares ao caos urbano”, do escultor José Paulo, que ficará em cartaz durante todo o mês, na galeria do próprio Linda.
O projeto é uma realização do Instituto Zumbi dos Palmares e vem sendo desenvolvido desde 2008, oferecendo sempre uma mostra interessante e integrada, como o próprio nome sugere, do que vem sendo produzido na música e nas artes visuais em Alagoas, propiciando um diálogo entre as áreas e buscando a formação de público para ambas. A entrada para o show e visitação da exposição é gratuita e há sempre uma atividade a mais, envolvendo a comunidade de alunos da Rede Pública Estadual de Ensino, como o já tradicional momento para os estudantes conversarem com os artistas sobre o seu fazer artístico. A escolha das atrações é feita por uma curadoria permanente da equipe do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, que constantemente avalia a relevância artística dos trabalhos desenvolvidos em Alagoas, o atual momento de produção dos artistas, bem como questões de conveniência e importância para o público.
Gato Negro
Arapiraca é o berço musical desse power trio formado por Paulo Franco (vocais e guitarras), André Tenório (baixo e backing vocals) e Wilson Silva (bateria). Com influências que vão de Led Zeppelin a Roberto Carlos, a Gato Negro define o seu som como um soul brazuca com powerpop nordestino, um rótulo amplo, que serve como terreno fértil para a criatividade e bom gosto dos três músicos. O soul nos dá a noção de que é um som dançante, vindo da alma; o brazuca revela a origem dessa alma, o que dá um tempero específico ao ritmo e situa a temática das canções dentro do cotidiano de nossa gente; o powerpop explicita o grande potencial melódico da banda, com composições que conseguem ser novas em folha e soar familiares aos ouvidos do público, um verdadeiro arsenal de hits radiofônicos prontos para eclodir; e o nordestino revela-se no sotaque ostentado sem vacilo, na sonoridade ancestral muito bem resolvida e urbana que traz ainda mais identidade ao som dos caras: pop, familiar, mas instigante e com alma.
Uma boa amostra do trabalho da Gato Negro é o primeiro disco deles, Cio, lançado no final de 2015, com 11 canções autorais irrepreensíveis. Cio veio à tona depois de um longo período de gestação e desde lá vem conquistando público em diversos e importantes palcos por onde o trio tem passado, com frequência notável no circuito de shows principalmente em Maceió e Arapiraca. Um show que vale a pena conferir.
José Paulo
Natural de Chã Preta, José Paulo nem imaginava que seus caminhos o levariam às artes. Ainda na infância, fazia pincéis com gravetos e pelo de rabo de cavalo para pintar santos nas casas da vizinhança em troca de ovos, pintos, galinhas. Apesar dessa clara inclinação para o ofício, ele ainda não havia encontrado a sua forma de expressão artística. Mudou-se para Maceió (AL), onde se dedicou a marcenaria, profissão que o levou à serralharia e, algumas décadas depois, à escultura, quando se deparou, por acaso, com uma galinha feita de metal. A peça acendeu o pavio de sua criatividade e despertou o artista no artesão. O que era para ser apenas um exercício de serralharia, passou a ser o seu modo de transformar os objetos a sua volta com arte.
Ao reutilizar materiais dos mais diversos, do metal à madeira, passando por recipientes de plástico, vidro, pneus, cascas, madeiras, pedras e sementes, José Paulo cria as mais cativantes figuras, que denomina como bichos-brinquedos. Seu processo envolve principalmente a intuição, até mais que a apurada técnica de 30 anos no batente de serralheiro e marceneiro. A sensibilidade e paixão com as quais lida com sua arte revelam uma sabedoria digna dos gurus, não à toa é conhecido como Mestre José Paulo, um sereno e modesto senhor que enxerga esculturas em galhos de árvore, em peças descartadas de carro e onde a maioria das pessoas enxerga apenas lixo, caos. A cidade é sua fonte de matéria-prima e é no seu ateliê, próximo da margem lagunar, que ele transforma suas visões em obras de arte. Vale a pena prestigiar.

Serviço
O que? Projeto Linda de Música e Artes Visuais, com o show da banda Gato Negro e abertura da exposição “Multiplicidade: das margens lagunares ao caos urbano – A arte escultórica do Mestre José Paulo”.
Quando? Dia 05 de agosto (sábado), às 19 horas
Onde? Espaço Cultural Linda Mascarenhas (IZP), na Avenida Fernandes Lima, Farol, em Maceió.
Quanto? Entrada Franca
A exposição ficará em cartaz na galeria do Espaço Linda, em horário comercial, até o dia 01 de setembro, com visitação gratuita.

Fonte: Diogo Braz/Assessoria

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