A polícia diz não ter dúvidas de que a produtora de elenco Maria Luana Oliveira Diogo, de 34 anos, foi morta pelo próprio irmão. Pedro Luiz de Oliveira Diogo, de 24 anos, preso sete horas após o crime, não confessou a autoria, mas disse que Luana “foi eliminada porque era impura”.
Para a delegada Marcela Ortiz, apesar do depoimento “estranho”, Pedro não aparenta ter problemas psiquiátricos.
“Não temos dúvidas que foi ele. Ele era o único que estava na casa com ela no momento do crime. Dá riqueza de detalhes e ainda postou informações sobre o crime em conversas numa rede social com um perfil falso criado por ele mesmo. Em depoimento ele disse que a irmã não morreu, foi eliminada. Segundo ele, as pessoas puras são mortas e as impuras, eliminadas”, disse a delegada.
Ainda segundo Marcela Ortiz, Pedro disse que Luana era impura porque “não dava valor à espiritualidade” e “comia muita besteira”, o que iria de encontro aos mandamentos de um movimento a qual disse que ele pertencia. De acordo com o irmão, os dois pertenciam a um grupo oculto israelense que tem por objetivo dominar o mundo.
Crime e prisão
Pedro foi preso numa residência da família, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte, sete horas após o crime, ocorrido na casa onde vivia com a irmã, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Policiais da Divisão de Homicídios seguiram as pistas e evidências até encontrá-lo. Preso em flagrante, foi para a audiência de custódia no Tribunal de Justiça, pela manhã desta terça-feira.
A delegada informou que Pedro tem marcas de unhadas pelo corpo e que disse que foi ferido por Luana quando tentava socorrê-la. O suspeito também estava com o celular da vítima quando foi preso, de acordo com a polícia.
Parentes disseram que ele não tinha problemas psiquiátricos e nem fazia qualquer tipo de tratamento. Ele estava desempregado e apresentava, segundo a família um quadro de leve depressão, introspecção.
Segundo o laudo inicial do Instituto Médico Legal (IML), Luana tem 12 ferimentos perfuro-cortantes pelo corpo, queimaduras de segundo grau na face, no tórax, nos braços e coxas e fratura dos ossos do crânio, o que indica que a vítima foi torturada, segundo investigadores.