Ex-Corinthians foi de catador de tomate a cobiçado por 12 grandes clubes ao mesmo tempo

Daniel Augusto Jr/Ag. CorinthiansEdno

Dono de uma das mais fortes “bombas” de perna esquerda do Brasil, o atacante Edno segue na ativa aos 34 anos. Com passagens por times como Corinthians e Botafogo na carreira, ele hoje defende as cores do Botafogo de Ribeirão Preto, e vem justificando sua contratação: é o artilheiro da equipe do interior paulista e ajudou a colocar o time na liderança do grupo 2 do Campeonato Brasileiro da Série C. No último sábado, aliás, foi dele um dos gols do empate por 2 a 2 com o Mogi Mirim, fora de casa, que manteve o “Pantera” mais uma rodada no topo.

Dono de uma carreira vitoriosa no mundo da bola, com títulos de Brasileiro, Copa do Brasil e Paulista pelo Corinthians, Carioca pelo Botafogo e Série B pela Portuguesa, além de um Campeonato Polonês pelo Wisla Krakow, porém, Edno teve que suar muito a camisa durante a juventude em Santa Catarina, quando trabalhou em atividades bem diferentes do futebol. Mas bem diferentes mesmo!

“Antes de jogar bola, eu trabalhei bastante tempo na roça, colhendo cenoura, tomate e batata. Também trabalhei com materiais de construção e em supermercados antes de ser descoberto pro futebol”, conta o veterano, em entrevista ao ESPN.com.br.

Seu emprego favorito, porém, foi como garçom, para o qual foi levado por um gerente de hotel com quem jogava bola de maneira amadora.

“Comecei como garçom em um hotel 5 estrelas de Florianópolis em que muitos argentinos se hospedavam. No começo, eu só lavava e secava as louças. Depois, fui levado num teste para ser garçom, acompanhei o maitre e ficava vendo e aprendendo como trabalhar no salão, em cada praça e setor”, recorda.

“Aí passei no teste de garçom e comecei a ter minha praça de atendimento. Tirava um sustento bom, porque os gringos davam boas gorjetas, e eu me relacionava bem com tudo mundo (risos). Isso me fez crescer muito como ser humano. Tenho muito orgulho de todos os meus trabalhos, porque de uma forma ou de outra todos eles acabaram me levando ao futebol”, afirma.

Durante o tempo em que trabalhou no hotel, Edno manteve seu sonho de virar jogador e seguiu jogando na várzea. Com sua força física e forte chute de perna esquerda, chamou a atenção do Inter de Lages, de sua cidade, que o levou para a categoria juvenil – devido ao porte físico, porém, ele foi colocado sempre uma categoria acima de sua idade. Rapidamente se destacou e foi levado para a base do Avaí, onde as coisas começaram a dar certo de vez.

Fonte: ESPN

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