Após seis meses de negociação, continua o impasse entre militares e o governo estadual. Em novo ato realizado na manhã deste domingo (30), na Pajuçara, representantes de associações da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros cobram do Executivo o reajuste do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) e reposição salarial dos anos de 2015 e 2016.
Reunidos com trio elétrico e faixa com os dizeres “governador! Promessa é dívida, valorização já!”, o movimento é unificado e abrange todas as categorias, além de contar com a adesão dos quase 20 mil militares que atuam em alagoas.
De acordo com presidente da Associação dos Cabos e Soldados de Alagoas (ACS/AL), cabo Wellington, o governo ainda pode sinalizar o fim da negociação na próxima segunda-feira (31), caso aceite a proposta da classe trabalhadora. O prazo é considerado limite pelos militares que teriam recebido a data do próprio governador Renan Filho (PMDB). O chefe do Executivo pediu tempo para analisar as contas públicas junto a equipe econômica e escolher a melhor alternativa.
“Até o momento só temos o resultado do pagamento do reajuste salarial de 2016 com 6,19%, mas ainda falta 2015 e o IPCA que ele não deu e que pedimos 10,7%”, disse o presidente.
Inicialmente, a classe pedia 17%, mas chegou a recuar após negociações realizadas em julho. “Essa situação sem resolução deixa quase 20 mil policiais, entre ativos e inativos, prejudicados. Por isso estamos aqui hoje”, finaliza o presidente.
Os militares não descartam ainda a possibilidade de paralisação das atividades a ser decidida esta semana caso o governo não cumpra com as exigências.