Justiça determina prisão preventiva de acusado de estuprar surdas

João Urtiga / Alagoas 24 HorasFamiliares auxiliam vítima surda que chegou abalada à Delegacia da Mulher.

Familiares auxiliam vítima surda que chegou abalada à Delegacia da Mulher.

Os casos de agressão e estupro denunciados por duas surdas, no dia 20 deste mês, teve mais um desdobramento neste final de semana. No sábado, 29, a juíza plantonista da 14ª Vara Criminal da Capital, Silvana Lessa Omena, determinou a prisão preventiva do acusado: Lucian Guedes Ferreira, com base na representação criminal ofertada pela 2ª Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher.

Em sua decisão a juíza cita as alegações da delegada do caso que evidencia a prática do crime de estupro, ameaça e agressão física, cometidos pelo citado, na residência onde ele morava. “Existem indícios da autoria e da materialidade da conduta imputada ao investigado Lucian Guedes Ferreira”, diz a decisão e continua: “A prova do crime está caracterizada diante dos depoimentos das vítimas e das testemunhas, os quais constam o modo como o autuado ameaçou, agrediu e estuprou as vítimas, bem como pelo vídeo divulgado pela imprensa”.

A juíza destaca ainda que a prisão cautelar se faz justificável tendo a vista a “revolta social que esse tipo de crime provoca na sociedade e nas próprias vítimas”. Casos como este tendem a causar temor e a liberdade do acusado acaba prejudicando a instrução criminal e põe em risco a integridade das vítimas.

O Alagoas24horas entrou em contato com a equipe da Delegacia Especializada da Mulher e foi informado de que a prisão ainda não ocorreu. A equipe teme que a divulgação do caso favoreça sua fuga, por isso preferiu não entrar em detalhes sobre a investigação. A População pode ajudar a Polícia, divulgando seu paradeiro através do disque denúncia da Segurança Pública: 181.

Depoimentos

As deficientes auditivas filmadas sendo agredidas e estupradas por Lucian Ferreira prestaram depoimento na quinta-feira passada, 27, na Delegacia de Defesa da Mulher II, no Conjunto Salvador Lyra. Na ocasião, a Polícia apurou que Lucian teria envolvimento com drogas e teria feito a filmagem em represália ao não pagamento de uma dívida.

Ele teria tido recaídas desde junho e passou a cobrar dinheiro tanto da namorada quanto da amiga devido a uma dívida de R$ 200 que somente uma das vítimas teria conseguido pagar. O não pagamento desse dinheiro teria deixado Lucian revoltado e, em ato de fúria, decidido punir as jovens e filmar o ato de violência compartilhados via WhatsApp.

Veja a Cobertura Completa: 

Surdas vítimas de tortura afirmam que suspeito cobrou R$ 200 para comprar drogas

 

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