O goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver da ex-namorada Eliza Samudio, com quem teve um filho, recebeu autorização da Justiça nesta quarta-feira, para dar aulas de futebol a crianças e adolescentes em uma entidade de assistência social, segundo informações do site do jornal O Estado de S. Paulo.
A decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, onde o jogador cumpre pena, determina que ele será buscado no pátio do presídio para ser levado ao trabalho, sem contato com outras áreas externas ou pessoas de fora da entidade.
Bruno vai trabalhar no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap), também em Varginha, que recebe cerca de 60 filhos de detentos e ex-detentos. O principal projeto da organização não governamental (ONG) é o “Mães que Cuidam”, que recebe filhos de mulheres presas e permite que eles convivam com as mães durante parte do dia e realizem atividades de inserção social em outro turno.
As aulas vão permitir que o goleiro ganhe remição de sua pena. O trabalho e o tempo de prisão a ser reduzido serão avaliados pela Justiça, de acordo com relatórios sobre frequência e disciplina que devem ser enviados pela ONG a cada três meses. Atualmente, ele aguarda julgamento de seu recurso, o que ocorrerá em setembro.
O ex-goleiro do Flamengo pôde aguardar seu julgamento em liberdade a partir de fevereiro deste ano e chegou a atuar pelo Boa Esporte, de Varginha. Em maio, porém, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) o obrigou a retornar à prisão.