O Governo de Alagoas tem investido cada vez mais em tecnologia e segurança. Na próxima quarta-feira (23) será assinada a Ordem de Serviço para a construção do primeiro Centro de Telepresença do Brasil. A iniciativa é uma parceira do Poder Executivo, através da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), e o Tribunal de Justiça de Alagoas.
Com uma estrutura moderna, o projeto segue todas as normas técnicas de construção, sendo adaptado para portadores de necessidades especiais. O prédio será construído com recursos próprios do Governo do Estado e contará com seis salas para audiências, que comportarão de 5 a 12 pessoas, simultaneamente, tornando possível a realização de até 48 audiências por dia, apenas em Maceió. As salas serão equipadas com painéis acústicos, microfones, câmeras e TV para garantir a qualidade das audiências.
A logística de atuação e deslocamento de reeducandos, bem como o aparelhamento será realizado pela Seris, já o Tribunal de Justiça fará a cessão dos equipamentos de telepresença.
O prédio contará, também, com recepção, administrativo, parlatório, área de serviço e copa. Além disso, o Centro contará com uma entrada específica para a escolta dos reeducando, garantindo mais segurança no processo. Oito celas com capacidade para seis pessoas serão construídas para que os reeducandos aguardem as audiências.
A arquiteta responsável pelo projeto, Suzana Cabral, explica que os trabalhos de limpeza já foram iniciados e a previsão de conclusão da obra é de seis meses. “O local de construção do Centro de Telepresença foi escolhido estrategicamente, pois fica na parte central do sistema prisional, desta forma, facilitará o translado das unidades”, disse.
Nirley Silva, agente penitenciária e colaboradora do projeto, acrescenta: “O projeto arquitetônico tem uma tipologia de uma edificação moderna, e como é o primeiro do país, será uma referência”.
Para o secretário Executivo de Gestão Interna, major Marcos Henrique do Carmo, um dos principais benefícios será a segurança e economia. “Baseado nos custos de deslocamento para audiências, concluímos que a construção seria, economicamente, mais viável para o Estado”, afirma.
“Além da economia, o Centro trará celeridade nos processos judiciais. Esse será o primeiro Centro de Telepresença do Brasil a ser implantado no sistema prisional, o que possibilitará maior rapidez no julgamento dos réus presos e, consequentemente, justiça no cárcere”, completou.