Moradores de Cruz das Almas reclamam de água parada em prédio abandonado

Além do aumento de mosquitos transmissores de doenças, o lugar serve também como ponto de descarte de entulhos para carroceiros

Alagoas24HorasEdifício Aroreira e Jatobá

Edifício Aroreira e Jatobá

Desde o aumento do volume de chuvas que atingem Maceió, moradores do bairro da Cruz das Almas vêm sofrendo com o aumento da população de mosquitos Aedes Aegypti, responsáveis pela transmissão de diversas doenças. A estrutura abandonada de um prédio na principal avenida do bairro é apontada com um dos principais locais de acúmulo de água e lixo, e vem incomodando bastante as pessoas que transitam pela região.

Preocupados com a situação, a associação de moradores do bairro entrou em contato com diversos órgãos públicos, por meio de ofício, para cobrar medidas que possam mudar esta realidade. Os documentos foram enviados ainda no mês de julho, mas até agora os moradores não receberam nenhum posicionamento. “Nós enviamos o ofício para várias secretarias municipais pedindo que o local seja limpo e que haja um cuidado regular com a estrutura que acumula muita água sempre que chove, mas ainda não recebemos resposta”, explicou Marinaldo Santos, presidente da associação que representa os moradores da Cruz das Almas.

Marinaldo Santos explicou ao Alagoas24Horas que a construção, localizada na Avenida Comendador Gustavo Paiva, se encontra nessa situação há pelo menos cinco anos, e também vem servindo como ponto de descarte de entulhos para carroceiros e abrigo para moradores de rua, e que a intenção é poder transformar o espaço em um lugar mais seguro e agradável, já que a noite usuários de droga aproveitam o abandono e a falta de iluminação para consumir drogas lá.

“Os carroceiros vêm e despejam entulhos o tempo todo, e a gente não tem como impedir; sem falar nos moradores de rua e usuários de droga que utilizam o espaço e ainda contribuem para a sujeira e a insegurança da região. E há um ponto de ônibus bem em frente, quem precisa ficar ali corre vários riscos, de saúde à segurança”, disse o representante.

Em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), nossa reportagem foi informada por meio de nota que a solicitação de inspeção no local foi atendida no início do mês de agosto, mas que por representar risco de grande proliferação de mosquitos, tem sido monitorado regularmente pelos agentes de endemias.

A respeito da limpeza e fiscalização de ocupação do local, a nota informa que por se tratar de um terreno particular, a responsabilidade é de seus proprietários.

Confira a nota na íntegra:

Nota – SMS e Slum

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa, por meio da Coordenação do Programa de Controle do Aedes aegypti, que a solicitação de inspeção do prédio abandonado da Construtora Falcão, em Cruz das Almas, feita pela Associação de Moradores do bairro, foi atendida por uma equipe do programa no último dia 09 de agosto.

De acordo com o relatório do supervisor da área, a inspeção feita no local encontrou inúmeros focos do mosquito, que receberam imediato tratamento focal com larvicida. A Coordenação esclarece, no entanto, que o local é considerado como ponto estratégico de proliferação e por isso, tem sido monitorado regularmente pelos agentes de endemias.

Sobre o descarte irregular de lixo no local, a Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) informa que como é um terreno particular, sua limpeza é de obrigação do proprietário ou responsável legal, que deve manter o local limpo e murado. O órgão já encaminhou a demanda ao setor de Fiscalização, que vai ao local buscar as medidas necessárias para identificar os responsáveis e conter o descarte irregular.

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