Revoltados com a quantidade de entulhos deixados na calçada da Escola Estadual Júlio Auto, no Conjunto Joaquim Leão, estudantes e pais de alunos da unidade educacional utilizaram animais mortos para protestar contra o descarte irregular de lixo. A manifestação realizada na tarde desta quarta-feira, 23, na Avenida Silvestre Péricles, na antiga Rua Formosa, chamou a atenção de quem passava pelo local.
Munidos de cartazes, os manifestantes impediram a passagem de veículos pela região ateando fogo em galhos de árvores e sacolas de lixo. Gatos, um cão e restos de galinha descartados pela população na calçada da escola também foram expostos durante o protesto.
Os manifestantes contaram que o descarte irregular de lixo acontece na calçada da escola desde o início do ano, mas se agravou no último mês. Eles informaram ainda que a Slum realiza periodicamente a limpeza do local, mas a população teima em fazer da calçada da escola depósito de lixo. Isto acaba provocando a proliferação de mosquitos e insetos na região.
Em conversa com o Alagoas 24 Horas, a merendeira da instituição, Vilma Maria dos Santos, contou que o mau cheiro e a quantidade de mosquitos têm atrapalhado na preparação dos lanches dos alunos.
Já a diretora da escola, Valesca Barbosa, explicou que a unidade educacional solicitou da Slum um bloqueio na calçada lateral, mas não foi possível por se tratar de uma passeio público. “O volume de lixo é tão grande que o caminho acaba ficando bloqueado de qualquer forma. Já realizamos caminhadas pelo bairro para conscientizar a população, mas não surtiu efeito”, disse a diretora.
Os manifestantes pedem ainda que a Prefeitura de Maceió estude uma forma de realizar uma fiscalização mais efetiva na região com o intuito de punir aqueles que descartam o lixo irregularmente.
O protesto, que aconteceu de forma pacífica, foi acompanhado por uma guarnição do 1º Batalhão de Polícia Militar, que também ajudou na reorganização do trânsito da região. Um caminhão da Slum esteve no local para apagar o fogo ateado ao lixo e recolher o entulho do local.
Em 2011, o Alagoas 24 Horas produziu matéria para relatar os transtornos causados à população pela falta de coleta de lixo deixado na calçada da Escola Júlio Auto. Na ocasião, os moradores contaram que devido à falta do recolhimento do lixo e educação ambiental da população, a situação estava insustentável. Eram jogados no local, sofá velho, sacolas de lixo, pneus, caixotes e até restos de mariscos.