Um miliciano morreu, neste sábado, após divulgar, em sua página no Facebook, uma transmissão ao vivo da invasão de seu bando à comunidade Nogueira, em Realengo, na Zona Oeste. No vídeo, ele é chamado pelos comparsas de “Cigarrão”.
Nas imagens, ele afirma que tomou a comunidade: “Estou ao vivo no Nogueira” Tomei! Nogueira é nosso! Perdeu. É o Bonde dos Cria. Acabou ADA no Jardim Novo. Já estou cobrando o comércio. Acabou a palhaçada”.
Outros homens aparecem armados com fuzis no vídeos. Alguns estão encapuzados. Um deles se preocupa com a repercussão das imagens e alerta o comparsa: “Tu vai jogar no face”? Mas Cigarrão garante que vai excluir o vídeo.
— Vimos o vídeo que ele transmitiu e foi excelente, pois possibilitou, inclusive, identificar alguns integrantes. A conduta dele certamente fugiu ao padrão atual das milicias que é a discrição. Quanto à morte, de fato, há informações de que ele tenha sido morto por comparsas, mas não posso afirmar ainda — disse o delegado Alexandre Herdy, titular da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).
Herdy explicou ainda que há uma integração entre diferentes grupos de milicianos para dominar outras comunidades:
— Recebemos diversas denúncias e observamos a integração entre grupos que atuam em Realengo, Del Castilho, Catiri, Cascadura, Praça Seca, Vila Valqueire e algumas outras localidades.
A Divisão de Homicídios (DH) está investigando o caso.