Stephen Paddock, o homem de 64 anos que matou 58 pessoas e feriu mais de 500 durante um festival de música em Las Vegas (EUA), era um aposentado sem histórico criminal no estado de Nevada, onde vivia atualmente, segundo informações da polícia reproduzidas pela agência Associated Press.
O irmão de Stephen Paddock, Eric, disse estar “completamente atordoado” pelo incidente de autoria do irmão. “Não conseguimos entender o que aconteceu”, disse. Ainda de acordo com Eric, o irmão não era um homem violento.
Eric afirmou que o atirador não tinha qualquer vínculo político ou religioso. “Nada. Nenhuma afiliação religiosa, política. Ele só saía para passear”, disse. “Era apenas um cara normal. Algo se rompeu nele, algo aconteceu”, sugeriu.
O irmão disse que o atirador costumava viajar para Las Vegas para assistir a shows e apostar nos cassinos. “Ele não era um cara louco por armas, de modo algum”, comentou. “Onde diabos ele arrumou essas armas automáticas? Ele não tinha antecedentes militares, ou nada disso”, acrescentou.
“Ele era um cara que vivia em uma casa em Mesquite, dirigia até aqui e apostava em Las Vegas. Fazia coisas. Comia burritos”, completou seu irmão, ainda perplexo.
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Segundo com as autoridades de Nevada, Stephen agiu sozinho, e a motivação para o ataque ainda é desconhecida.
“É uma casa agradável e limpa, nada fora do comum”, descreveu Quinn Averett, porta-voz do departamento da polícia de Mesquite. Algumas armas e munições foram encontradas dentro do local, segundo a Reuters.
O pai de Paddock se chamava Patrick Benjamin Paddock, e era um ladrão de bancos que figurou na lista dos criminosos mais procurados pelo FBI de junho de 1969 até maio de 1977, de acordo com a CNN. Segundo Eric, seu pai morreu há alguns anos.
Buscas
Policiais fortemente armados fizeram buscas na casa, horas depois de Paddock se matar em um quarto do hotel Mandalay Bay, de onde ele disparou contra a multidão de 22 mil pessoas.
Paddock comprou a casa de um andar e três quartos a cerca de 130 km a norte de Las Vegas em 2015 por cerca de US$ 370 mil (aproximadamente R$ 1.184.000), de acordo com registros que o apontam como um homem solteiro.
No entanto, informações policiais dão conta de que ele vivia com uma mulher, identificada como Marilou Danley. Em redes sociais, Danley se descreve como uma “profissional dos cassinos”, mãe e avó. De acordo com informações da polícia citadas pela Reuters, ela estava viajando e não tem ligação com o ataque.
Uma análise preliminar de registros policiais não indica que as autoridades tivessem qualquer contato com ele, mas a polícia ainda está investigando, disse o policial Brian Parrish.