O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta sexta-feira (6) que suspendeu provisoriamente o Comitê Olímpico do Brasil (COB), após a prisão de seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, suspeito de intermediar compra de votos para assegurar a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro.
O COI também suspendeu Nuzman de todas as suas funções e direitos de membro honorário, e o excluiu da comissão de coordenação dos Jogos de Tóquio-2020. O comitê detalhou que a punição não irá afetar atletas brasileiros.
Nesta quinta (5), no Rio de Janeiro, agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal prenderam Nuzman e Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016 e braço-direito de Nuzman.
Nuzman é suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Ele foi preso em casa, no Leblon, por volta das 6h. Nuzman é presidente do COB há 22 anos. O pedido de prisão temporária foi decretado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Segundo a defesa de Nuzman, a medida adotada de prisão foi dura. “É uma medida dura e não é usual dentro do devido processo legal”, afirmou Nélio Machado.
Nuzman e Gryner teriam pago mais de U$ 2,7 milhões a membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI) em troca da escolha da Rio-2016.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Nuzman ainda tentou regularizar, junto à Receita Federal, valores em espécie e 16 quilos de ouro que estariam em um cofre na Suíça, logo depois da primeira fase da operação “Unfair Play”.