Seis anos após o desaparecimento e morte da estudante universitária Giovanna Tenório, a acusada de ser coautora do homicídio senta no banco dos réus para ser julgada. O Ministério Público pede a pena máxima de 30 anos, além do julgamento pelo crime de ocultação de cadáver. A previsão é de que o júri só seja encerrado na noite de hoje (11).
O Ministério Público arrolou sete testemunhas entre familiares e amigos da vítima. O julgamento lota a sala do júri e várias pessoas ficaram do lado do fora devido à lotação esgotada.
O assassinato ocorreu em junho de 2011 e a acusada Mirella Granconato Ricciardi foi presa em agosto do mesmo ano. Na ocasião, ela foi levada para o Presídio Santa Luzia e após um ano ganhou ‘liberdade restrita’, passando a ser monitorada eletronicamente.
O julgamento é continuação do que ocorreu no dia 29 de setembro, que condenou a 29 anos de prisão o caminhoneiro Luiz Alberto Bernardino da Silva. De acordo com o juiz de direito Jonh Silas, hoje serão arroladas sete testemunhas de acusação. “A defesa não arrolou nenhuma”, destacou o magistrado.
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Para a acusação, que é feita pelo promotor Antônio Vilas Boas, não há dúvidas de que Mirella é co-autora do crime. O Ministério Público Estadual se baseia nas mensagens enviadas pela acusada à vítima. “Há indícios suficientes de que Mirella é co-autora, vamos centrar na acusação das ameaças, pois não há qualquer dúvida de que ela é mandante do homicídio e da ocultação do cadáver”, assegurou.
Tese essa que é refutada pela defesa, feita pelo advogado Raimundo Palmeira. Segundo ele, as mensagens existiram, mas foram feitas um ano antes do crime e que a acusada não teria motivação para matar Giovanna. “Se ela tivesse que dar fim em todas as namoradas do seu ex ela seria uma serial killer“, disparou.
Segundo Palmeira, os inquéritos são insuficientes e alguns procedimentos são questionáveis. “Há suspeitos que nem foram ouvidos, há um que sumiu um dia depois de prestar depoimento, pedimos a arrolação, mas a justiça negou”, disse.
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