A delegada Adriana Gusmão, titular da Delegacia dos Crimes contra a Criança e o Adolescente, da Polícia Civil de Alagoas informou, nesta sexta-feira (20), detalhes sobre uma operação que investiga crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes em vários estados do Brasil.
Durante a ação deflagrada em Alagoas, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no município de Maceió. Os alvos da operação Luz na Infância foram identificados através de um levantamento de informações pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil.
Com base em informações e evidências coletadas em ambientes virtuais, a Polícia Civil instaurou inquéritos policiais e representou pelas buscas e apreensões junto ao Poder Judiciário, visando apreender computadores e dispositivos informáticos onde estão armazenados os conteúdos de pedofilia, para indiciar e prender os criminosos.
Em Alagoas estão envolvidos na operação Luz na Infância 10 agentes, dois delegados da Polícia Civil (PC) e três peritos do Instituto de Criminalística (IC).
De acordo com a delegada Adriana Gusmão, as investigações que resultaram na operação Luz na Infância vêm sendo feitas há seis meses e resultam do aprimoramento do trabalho de inteligência de segurança pública e atuação em modelo de força tarefa, que reúne em um mesmo ambiente de trabalho policiais com expertise e capacitação na repressão aos crimes virtuais e de pedofilia.
“Um cenário ideal para coletar e preservar evidências criminosas, garantindo, como consequência, a identificação e posterior condenação dos criminosos pela Justiça. A pedofilia é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença de transtorno da preferência sexual. Pedófilos normalmente são pessoas adultas que têm preferência sexual por crianças pré-púberes ou no início da puberdade”, disse a delegada.
A autoridade policial disse ainda que o complexo ambiente da internet e a ausência de fronteiras no mundo virtual são elementos que propiciam terreno fértil à atuação desses criminosos.
A operação foi intitulada Luz na Infância por serem bárbaros e nefastos os crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. A internet facilita esse tipo de conduta criminosa e, via de regra, os criminosos agem nas sombras e guetos da rede mundial de computadores.
“Luz na Infância significa propiciar as crianças e adolescentes vítimas de abuso e violência sexual, o resgate da dignidade, bem como, tirar esses criminosos da escuridão, para que sejam julgados à luz da Justiça”, concluiu a delegada Adriana Gusmão.
Participaram da ação policiais civis Criança e o Adolescente, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic) e do Núcleo de Inteligência da Delegacia Geral.