O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen) anunciou nesta sexta-feira, 20, paralisação por tempo indeterminado. Com a medida visitas e outras atividades, não essenciais, ficam suspensas em todas as unidades prisionais do Estado.
De acordo com o presidente do sindicato, Kleyton Anderson, a decisão foi tomada após o governo não cumprir com o acordo feito no ano passado, que definia o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) da categoria. Além disso, ele salienta que os presídios estão superlotados e que o efetivo é mínimo, o que gerou “revolta” entre os agentes.
“A partir de amanhã não será feito a destranca das celas, por segurança, portanto, visitas de parentes e advogados, retiradas para assistência social, psicólogo e trabalho, bem como banho de sol dos presos, serão suspensos”, explicou o representante.
Na última semana os agentes já haviam paralisado as atividades pelos mesmos motivos.
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Secretaria reforça suspensão de visitas a reeducandos no complexo penitenciário
Leia na íntegra a Nota enviada à imprensa pelo Sindapen:
O baixo efetivo de agentes penitenciários em Alagoas – hoje cerca de 600 – responsáveis pela segurança de cerca de 5 mil presos e o recuo de última hora do Governo do Estado na implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS), irritaram a categoria, que se sente traída após o Estado garantir a aprovação e o pagamento do pleito.
Diante das circunstâncias, em assembleia nesta sexta-feira (20), os servidores do sistema prisional decidiram suspender por tempo indeterminado as visitas aos reeducandos, que também não sairão das celas devido ao baixo efetivo.
A categoria também decidiu não receber nenhum preso e não haverá transferências.
Desde o ano passado técnicos da Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) acenavam positivamente para a implantação do PCCS, sendo também garantida a confecção da tabela do escalonamento dos pagamentos.
Em Maceió os agentes trabalham diuturnamente sem vários itens necessários, a exemplo de armamentos, que servem para evitar rebeliões e outros métodos de violência.
Embora a maioria da população desconheça a verdadeira realidade nos presídios alagoanos, os alojamentos e banheiros funcionam precariamente e são insalubres.
Desde o início do atual governo os agentes tentam – sem sucesso – as condições dignas para trabalharem e continuarem mantendo em paz no sistema prisional de Alagoas.
Com o descumprimento dos acordos para a implantação do PCCS, que agora o Executivo tenta implantar em desarmonia ao que havia sido negociado com os servidores, que também aguardam o anúncio de um concurso público – já determinado pela Justiça diante do perigo com o pequeno número de agentes – o Governo é chamado a responsabilidade para solucionar a crise dentro do sistema prisional.