Exatamente no Dia das Crianças, o pequeno Pedro Santos (8), saía da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e era encaminhado para a área de internação pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE). Neste mesmo momento, a Ala Irmã Dulce, área pediátrica da unidade hospitalar, era entregue reformada para a população alagoana.
A estrutura física foi afinada com a troca do telhado da área que vinha sofrendo com infiltrações nos períodos chuvosos desde a inauguração do HGE, em 2008. Pintura e pequenos reparos também foram feitos no local e já está em projeto a climatização da área de socialização das crianças e estar dos acompanhantes.
“Agora, realizadas essas alterações, poderemos oferecer uma assistência mais eficaz às crianças internadas no HGE. Uma hotelaria mais aconchegante e espaços mais organizados, sem falhas de estrutura, repercutem na eficiência do atendimento aos pacientes”, reforçou a gerente Marta Celeste Mesquita.
A Pediatria do HGE dispõe de 33 leitos de internação, dez deles de UTI. Anualmente, mais de 30 mil crianças são atendidas na unidade. Desse total, aproximadamente 18 mil são casos clínicos e 12 mil emergenciais.
Recentemente, nefrologistas, cardiologistas, reumatologistas e neurologistas especializados no atendimento infantil chegaram para compor o quadro profissional da área, tornando o atendimento pediátrico ainda mais qualificado e eficaz. A iniciativa reforça as melhorias que o Governo de Alagoas objetiva para os serviços do HGE.
“É um investimento que impacta diretamente na agilidade da assistência, diminui o tempo de internação e favorece a diminuição de complicações. Ou seja, torna a atenção mais eficaz no restabelecimento da saúde”, argumentou a nefropediatra Rose Mary Vasconcelos.
Ambientação hospitalar
O pequeno Pedro, que recebeu alta da UTI no Dia das Crianças, já foi encaminhado para a recuperação na enfermaria novinha. A alegre Rosemelry Carvalho (4), também é uma das crianças que saiu de uma área temporária de internação para a Pediatria reformada. E ela não para, parece já habituada ao novo ambiente. De repente, senta em uma das cadeirinhas da área de socialização e faz uma das coisas que mais ama: pintar.
Sua mãe, Roberta Carvalho, conta que a síndrome de Grisel foi o diagnóstico fechado no HGE, após algumas idas e vindas a unidades de saúde e hospitais da rede pública e privada de Maceió. “Ela estava com um torcicolo que não melhorava e apareceu sem motivo algum. Só aqui no HGE descobriram o que minha filha tinha. Agora só estamos completando o uso de um antibiótico específico para ela receber a alta médica”, comemorou.