Condenados em agosto a mais de 10 anos de reclusão, ex-integrantes da banda New Hit são presos

Polícia informou que cumpre decisão expedida pela comarca da cidade de Ruy Barbosa, a 320 km de Salvador.

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A Polícia Civil informou que a cumpriu na tarde desta terça-feira (24), em Salvador, mandados de prisão contra ex-integrantes da banda New Hit, condenados no último mês de agosto a pouco mais de 10 anos de prisão por estupro.
A determinação da prisão partiu da comarca da cidade de Ruy Barbosa, localizada a cerca de 320 km de Salvador. Cinco mandados foram cumpridos e os presos levados para a Polinter, na capital baiana.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) informou que o pedido de prisão foi da juíza Marcela Pamponet, que determinou a execução imediata da decisão condenatória de segunda instância, proferida pela Primeira Câmara Criminal do TJ-BA, em 29 de agosto. Na ocasião, oito dos ex-integrantes foram considerados culpados pelo estupro de duas adolescentes , em 2012, ocorrido após um show da banda na cidade de Ruy Barbosa.
Por meio de nota, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que o Justiça acatou o pedido de prisão dos acusados, feito pela promotora de Justiça Marisa Jansen. Com isso, já estão presos em Salvador: Weslen Danilo Borges Lopes, William Ricardo de Farias, Michel Melo de Almeida, Jhon Ghendow de Souza Silva e Alan Aragão Trigueiros. O MP-BA disse ainda que Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho e Guilherme Augusto estão sendo procurados.
O G1 entrou em contato a defesa de um dos condenados, o advogado Antônio Leite, que confirmou a prisão do cliente. Ainda segundo o advogado, os ex-integrantes condenados em julgamento este ano não estavam presos e aguardavam encaminhamento do juiz.
“O caso é de Ruy Barbosa, mas foi julgado em Salvador. Então, após o julgamento, eles estavam esperando a determinação da prisão do juiz de lá. Eles estavam aguardando, tanto que meu cliente foi preso em casa”, explicou.
Julgamento
Oito dos ex-integrantes da Banda New Hit foram condenados, em julgamento realizado no dia 29 de agosto deste ano, a 10 anos e oito meses de prisão pelo estupro coletivo de duas adolescentes em 2012, após um show da banda na cidade de Ruy Barbosa. O julgamento foi realizado na Segunda Turma da Primeira Câmara Criminal do TJ-BA, em Salvador.

De acordo com o TJ, os condenados ainda podiam recorrer da decisão após condenação. Conforme o Tribunal de Justiça, foram absolvidos, Carlos Frederico Santos de Aragão, que à época do crime era segurança da banda, e um dos ex-integrantes do grupo, Jeferson Pinto dos Santos.
Todos os envolvidos no caso já haviam sido condenados, em maio de 2015, a 11 anos e oito meses de reclusão. No entanto, os réus entraram com recursos e, desde então, aguardavam julgamento dos pedidos em liberdade.
O início do julgamento do processo estava marcado para o dia 8 de agosto, mas foi adiado e remarcado para o dia 15 de agosto, após pedido de um dos oito advogados de defesa da banda. Na ocasião, dois dos quatro desembargadores que analisaram o caso pediram mais tempo para analisar o processo.
Mesmo com o pedido de vistas dos colegas, o relator do processo, o desembargador Lourival Trindade, já havia proferido o voto no dia 15 de agosto, mantendo a condenação de oito dos dez réus e pela absolvição de outros dois.
Caso
A banda New Hit já não existe mais. De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), na madrugada do dia 26 de agosto de 2012, no centro da cidade de Ruy Barbosa, os integrantes do grupo de pagode teriam abusado sexualmente de duas adolescentes que tinham 16 anos à época do ocorrido, e eram fãs da banda.

O estupro teria ocorrido após os suspeitos receberem as jovens para sessão de fotos no ônibus da banda. O cantor e outros oito integrantes da banda foram presos e depois soltos para responderem a acusação em liberdade. Segundo consta na primeira sentença, proferida em 2015, as vítimas saíram da cidade vizinha de Itaberaba para uma micareta em Ruy Barbosa. Após a apresentação, foram até o ônibus da banda pedir para tirar fotos com os músicos e pegar autógrafos.
Consta na decisão que, “tão logo começaram a posar para as fotos ao lado dos ídolos, as vítimas foram surpreendidas com atitudes libidinosas”. A denúncia do MP apontou que foi praticado, mediante extrema violência, por repetidas vezes e em alternância, conjunção carnal e diversos atos libidinosos.
Segundo a Justiça, durante o processo, além das duas vítimas e dez acusados, foram ouvidas 12 testemunhas incluídas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunhas de defesa.

Fonte: G1

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