Alagoas caiu mais uma posição no ranking dos Estados mais violentos do País. É o que aponta o 11º Anuário Estatístico da Segurança Pública, divulgado na segunda-feira (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Púbica. Após oito anos ocupando o incômodo primeiro lugar, Alagoas se afasta do topo da fúnebre tabela desde 2015, quando a segurança pública começou a colher os resultados positivos da nova política pública adotada pela gestão Renan Filho.
O dado mais significativo é que, inversamente ao crescimento da violência em todo o País, Alagoas foi o terceiro Estado que mais reduziu as mortes violentas intencionais (-18,82) na variação entre 2013 e 2016, ante todas as unidades da Federação, atrás apenas do Espírito Santo (-23,73%) e do Ceará (-21,16%).
De acordo com o estudo, o Brasil registrou 61.619 mortes violentas intencionais em 2016, um avanço de 4,7% em relação ao ano anterior. Isso significa que sete pessoas foram assassinadas por hora no país, em média.
“Essa é uma vitória dupla para Alagoas, porque há uma redução real, objetiva do índice em si. E essa redução se dá num momento em que há um crescimento do crime em todo o país. Então, se trata de uma vitória dupla, que não é simples e fácil de ser alcançada”, ponderou o secretário de Comunicação, Enio Lins, que participou de transmissão ao vivo (live) ao lado do governador Renan Filho. Ele comentou, na noite de terça-feira (31), os números do 11º Anuário Estatístico da Segurança Pública.
“Alagoas já não é mais o Estado mais violento do Brasil. Veja que, em 2007, a gente tinha 58.5 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes e agora temos 50.2, em 2016, ou seja, nós possuímos menos homicídios agora do que em 2007. Mas já chegamos a ter, em 2011, 74.5 homicídios por grupo de 100 mil habitantes; e 64.5 em 2012. Registramos 65.2 em 2013; 61.9 em 2014 e 49.6 em 2015”, citou o governador, apresentando a tabela abaixo.
Maceió
A redução da violência também foi sentida em Maceió. A cidade atingiu o pico da taxa de pessoas mortas: 109.9 para cada grupo de 100 mil habitantes. Até 2014, Maceió foi a segunda capital mais violenta do país. Em 2015, essa triste realidade começou, enfim, a mudar. A capital saiu da segunda colocação para ocupar a quinta e se afastou ainda mais em 2016, quando passou a figurar em oitavo lugar com taxa de 51.9. Isso significou, dentro do período, uma redução de 52.7% da violência na capital alagoana.
“O grande indicador é que o maceioense se acostumou a ver Maceió como a capital mais violenta do Brasil em todos os rankings que saíam. Ao ponto que Maceió chegou a ser colocada como a sexta capital mais violenta do mundo. A capital caiu, em nosso governo, de primeiro lugar em violência para oitavo lugar hoje e, no final de 2017, vamos sair das dez primeiras capitais mais violentas do País”, ressalta Renan Filho.
O governador afirmou que o trabalho desenvolvido na segurança pública é feito com planejamento, capacidade e continuidade para que os resultados avancem cada vez mais. “Você se lembra: nós convocamos a reserva técnica, construímos os Centros Integrados de Segurança Pública (Cisps), estamos edificando e reformando delegacias, batalhões e fizemos um novo concurso para a Polícia Militar. Implantamos, ainda, a Força Tarefa de Segurança Pública e adquirimos novos helicópteros. Hoje, enquanto a violência cresce nos outros Estados, aqui em Alagoas a gente reduz. Isso é muito significativo e nós vamos seguir trabalhando”, concluiu o governador.
O secretário da Segurança Pública, coronel Lima Júnior, destaca o compromisso do governador Renan Filho em reduzir os índices de violência no Estado e os investimentos realizados na área, bem como o empenho das forças policiais, que vêm realizando operações e um trabalho ostensivo e preventivo.
“O trabalho da Segurança Pública ocorre desde o primeiro dia da gestão do governador Renan Filho e conta também com o apoio do Poder Judiciário, do Ministério Público do Estado e da sociedade alagoana do bem. É um momento de comemoração, mas de consciência de que há muito o que se fazer, até porque o cenário da violência no Brasil mudou e nós temos atuado muito para seguir reduzindo a violência e mantendo a sociedade alagoana segura”, afirmou.
Multissetorial
As ações que sustentam a redução dos índices de violência em Alagoas não estão apenas calcadas na área da segurança pública, vão além. O Estado fortalece iniciativas a exemplo das comunidades terapêuticas, que atuam na recuperação de dependentes químicos. O programa Vida Nova nas Grotas, em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), também auxilia nesse processo, cujo foco é a mobilidade urbana, a melhoria da qualidade de vida e a inclusão produtiva e social de adultos e jovens nas áreas mais vulneráveis de Maceió.
No campo da educação, Alagoas avança com a instalação das escolas em tempo integral. Quando Renan Filho assumiu o governo não existiam unidades em funcionamento dentro deste sistema, agora são 35 e, no próximo ano, 50.