Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher instantes depois de dar a luz a uma criança na cadeira de rodas do Hospital Adélia Abreu Vilar, no município de Olho d’Água das Flores, no Sertão de Alagoas, na última sexta-feira (3).
Na gravação, é possível ver o desespero de populares ao ver a situação de gestante e de sua filha. O vídeo também mostra a criança, ainda ensanguentada e com o cordão umbilical ainda ligado à mãe.
A situação também gerou revolta entre os parentes da grávida e entre outros pacientes que estavam esperando na recepção da unidade de saúde.
Confira vídeo
Em nota à imprensa, o hospital afirmou que realizou o atendimento à gestante em menos de 3 minutos e que a paciente teria que ser transferida para o hospital de referência em Santana do Ipanema. A puérpera teria se recusado a ir em uma ambulância da unidade de saúde e que durante a espera de um veículo particular, o parto normal teria acontecido.
Confira a nota de esclarecimento do hospital na íntegra:
Na noite de ontem (3/11) às 19:37 a Unidade de Saúde Adélia Abreu Vilar recebeu a gestante C. A. S, 35 anos, com queixas de contrações uterinas. A mesma foi atendida em menos de 3 minutos pela enfermeira Dayana Vanderlei que realizou o acolhimento e deu orientações quanto a necessidade de encaminhamento para o hospital de referência em Santana do Ipanema, porém houve resistência da paciente para ser transportada de ambulância, alegando que iria de carro particular.
Ficou aguardando o transporte e minutos depois pariu normal. Logo em seguida, foi encaminhada para Santana para os procedimentos finais. Mãe e recém-nascido passam bem!
Até 2012 os partos aconteciam normalmente, porém depois por recomendação do Estado os partos foram suspensos devido a falta de estrutura do local.
A unidade de referência para parto da região é Santana do Ipanema, portanto esclarecemos a população que durante o pré-natal nas Unidades Básicas de Saúde, as gestantes são orientadas sobre qual a maternidade de referência para o seu parto, e os sinais e sintomas de trabalho de parto. Infelizmente a gestante C.A.S procurou o serviço de saúde em fase expulsiva, o que gerou todo o transtorno.
A equipe de saúde fez os procedimentos cabíveis de acordo com as suas possibilidades. Não houve negligência na assistência prestada a gestante e bebê, como está sendo divulgado em redes sociais.