Atirador de igreja no Texas se matou após perseguição de carro

Investigação indica que ele pode ter agido motivado por problemas familiares. Sua sogra, que ia à igreja, recebeu mensagens ameaçadoras. Ex-militar matou 26 pessoas e feriu outras 20.

ReproduçãoDevin Kelley-Texas Church Shooter

Devin Kelley, o homem que matou 26 pessoas em uma igreja batista em Sutherland Springs, no Texas, neste domingo (5), se suicidou após ser perseguido por moradores da cidade, segundo a polícia.

O atirador trocou tiros com dois moradores armados durante uma perseguição de carro após o ataque contra a igreja – que deixou ainda 20 feridos. Ferido por um desses moradores, ligou para o pai para dizer que achava que não conseguiria escapar, e se matou.

Como Devin foi encontrado morto, inicialmente não estava claro qual teria sido sua motivação para o ataque. Mais tarde, o Departamento de Segurança Pública do Texas informou que Kelley aparentemente agiu motivado por problemas familiares. Ao realizar a matança ele falou de sentir raiva de sua sogra, que frequentava a igreja. Ele havia mandado mensagens ameaçadoras a ela.

Há registros em vídeo do que ocorreu dentro da igreja, que estão sendo analisados. Até o momento, as autoridades optaram por não abrir uma investigação por terrorismo.

Segundo “New York Times”, que obteve as informações junto aos investigadores, Devin Patrick Kelley era um jovem militar da Força Aérea americana. Ele morava em New Braunfels, no Texas, a cerca de 60 quilômetros no norte de Sutherland Springs, onde ocorreu a matança.

Segundo a Força Aérea, Kelley serviu em uma base aérea em Hollomann, no Novo México, em 2010, antes de ser afastado por mau comportamento em 2012. Ele foi condenado por uma corte marcial por violência contra sua mulher e seu filho. As autoridades ainda não informaram se, por causa de sua saída do serviço militar, ele era proibido de ter armas.

Freeman Martin, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, disse que foram analisados posts que Kelley pode ter feito em redes sociais antes do ataque de domingo, incluindo um em que é mostrada uma arma AR-15.

As vítimas do ataque, que ainda não foram identificadas oficialmente, tinham idades entre 5 e 72 anos. Entre elas, estão uma mulher grávida, os três filhos e o sogro dela. A filha do pastor, de 14 anos, também morreu.

Trump

Para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ataque é resultado de um “problema de saúde mental” e não envolve as leis que permitem o comércio de armas no país. Durante entrevista coletiva no Japão, ao ser questionado sobre o ataque, Trump atribuiu a ação a “um indivíduo muito perturbado, com muitos problemas”.

“Temos um monte de problemas de saúde mental em nosso país, mas não é uma situação imputável às armas”, declarou. “É um problema de saúde mental no mais alto nível. É um evento muito, muito triste”.

Quando um atirador matou 59 pessoas e deixou mais de 500 feridas em Las Vegas, Trump também classificou o autor, Stephen Paddock, de um “indivíduo muito, muito doente”, mas afirmou que as leis norte-americanas que permitem a posse de armas seriam discutidas com o passar do tempo.

Assim como ocorreu com várias outras de suas opiniões políticas, a visão de Trump sobre controle de armas se tornou mais conservadora ao longo dos anos, segundo a BBC.

Fonte: G1

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