Nove dias após a segunda fase da Operação Polhastro, o fiscal de renda Augusto Alves Nicácio Filho continua foragido da polícia. Ele é um dos seis fiscais de renda da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) acusados de envolvimento em fraudes e recebimento de propinas.
Segundo informações policiais, há um mandado de prisão, expedido pela 17ª Vara Criminal, em aberto contra o acusado. Na semana passada, um advogado entrou em contato com o Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens do Ministério Público Estadual (Gaesf) garantindo que o fiscal de renda iria se apresentar, mas até o momento ele não esteve na sede do MP para prestar esclarecimentos sobre o caso.
A prisão preventiva de Augusto Alves e dos outros cinco fiscais de renda foram decretadas após “colaboração premiada” dos presos na primeira etapa. Nas investigações, Gaesf e a Polícia Civil descobriram indícios de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, envolvimento em fraudes e recebimento de propinas.
Na terça-feira, 14, a segunda fase da Operação Polhastro foi deflagrada e apreendidos diversos documentos na sede da Sefaz. Os fiscais de renda – Francisco Manoel Gonçalves de Castro, Marco César Lira de Araújo, Luiz Américo de Araújo Santos e Edmar Assunção e Silva – foram presos na ação policial e os dois fiscais de tributos, José Márcio de Medeiros Maia e Luiz Marcelo Duarte Maia, afastados de suas funções por decisão judicial. Dois dias depois, o quinto fiscal de renda acusado, José Vasconcelos, se apresentou e foi preso.
Na operação, foram cumpridos ainda três mandados de condução coercitiva contra Ricardo Magno Ferreira da Silva (fiscal de tributos da Sefaz), Filipe Moreira Machado e Elaine Cristina da Silva.
Passados nove dias da operação, a Polícia Civil e o Ministério Público continuam em busca de informações que levem ao paradeiro do sexto fiscal de renda, que não foi localizado. Um cartaz com a foto de Augusto Alves foi produzido e oferece recompensa de mil reais para quem souber onde fiscal de renda se esconde. O contato pode ser pelo 181 (Disque Denúncia) ou 98882.9814. A identidade do denunciante será mantida em sigilo.
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