Os detalhes da operação intitulada Medusa 2 foram repassados, na tarde desta quinta-feira (23), na Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro. De acordo com o delegado Gustavo Henrique, com as 11 prisões realizadas hoje o tráfico de drogas na região de São Miguel dos Campos foi completamente desarticulado.
A segunda fase da operação terminou com a retirada do atual chefe do tráfico na região, Laércio Rocha dos Santos, vulgo “Coroa”, que havia sido preso ainda na primeira fase, em maio, mas depois conseguiu fugir do presídio de Agrestina, em Pernambuco.
“Contra o Laércio somam cinco mandados de prisão que estavam em aberto, sendo três por homicídio e dois por tráfico de drogas”, comenta o delegado.
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Laércio tinha assumido o controle do tráfico na região junto com Ledson Alves da Silva, vulgo “Neném” e Ednilson dos Santos, vulgo “Nino”, que atuavam com os gerentes. Todos também foram presos na manhã de hoje. Para não levantar suspeita, a organização utilizava mulheres como “mulas” na transição das drogas.
“Esse bando tinha a participação intensa de mulheres. É aquilo que já comentei, como os esposos estão presos, eles delegam para que as mulheres façam o gerenciamento aqui do lado de fora”, diz o delegado.
Entre as presas, está Maria Cristiane da Silva Oliveira, vulgo “Neguinha”. Maria Cristiane fazia a função de “mula” do tráfico, levando e trazendo drogas oriundas de Maceió para São Miguel dos Campos. Ela foi presa na manhã desta quinta-feira (23) com 7 quilos de maconha e um revólver calibre 38 pela segunda vez. Na primeira prisão ela havia sido liberada pela justiça tempos depois.
Ainda de acordo com o delegado, como 70% dos criminosos eram mulheres elas levavam quantidades menores de droga de Maceió para São Miguel e vice-versa de modo a não levantar suspeita. Agora, com a prisão de todos os envolvidos, Laércio Rocha dos Santos será transferido para o Presídio do Agreste.
A ação, desencadeada na manhã de hoje, contou com a participação de policiais militares da 1ª Companhia Independente de São Miguel dos Campos, 3° Batalhão da PM em Arapiraca, Batalhão de Operações Especiais (BOPE), Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), Tigre (PC) e Asfixia (PC), além do apoio do Grupamento Aéreo.