Depois da punição contra os três militares da Polícia Militar (PM) envolvidos na abordagem do veículo do coronel Goulart, no último dia 22, no Trevo do Gunga, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) se pronunciou, na tarde desta segunda-feira (27), sobre o caso.
De acordo com o procurador-geral de Justiça Alfredo Gaspar de Mendonça, o MP vai garantir a lisura do processo de investigação independentemente de patente.
“O MP defende que naquele momento da abordagem os policiais representavam o Estado e não existe patente no Estado, existe a Lei. Queremos uma apuração isent,a célere e imparcial. Para nós pouco importa se tinha ali coronel ou general”, disse Alfredo Gaspar de Mendonça.
Por enquanto, os três militares – sendo um tenente, um sargento e um soldado do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) – não serão mais transferidos para o Sertão. A mudança se deu nesta segunda-feira em resposta ao pedido das associações de militares.
“A transferência para o interior foi suspensa, deve ser publicada ainda no boletim militar de hoje a transferência para outro batalhão da Capital. Os militares devem ficar na parte administrativa”, garante o presidente da Associação dos Cabos e Soldados (ACS-AL), Wellington Silva.
Ainda na próxima terça-feira (28), a associação deve se reunir com representantes do Ministério Público Estadual (MPE-AL). Ainda hoje o presidente informa que solicitou que o Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) assuma a investigação no lugar da Corregedoria da PM. O pedido se refere à necessidade de autonomia que o órgão tem em relação à corporação militar
Abordagem
A polêmica abordagem ocorreu no último dia 22 no Trevo do Gunga. Segundo apuração do Alagoas 24 Horas, o veículo utilizado pelo coronel Goulart era de uso exclusivo da PM. Os militares envolvidos na abordagem relataram que o coronel havia trocado de lugar com a esposa, em um trecho antes da blitz e teria desobedecido a ordem de parada.
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Irritado, o coronel (como visto em vídeos divulgados pelo Alagoas 24 Horas) disse que teria se identificado aos militares, mas os mesmos teriam agido com truculência. O coronel afirma ainda que o carro estava sendo utilizado pela esposa porque ele estava “passando mal”.