Vereadores e representantes comunitários participaram da audiência pública que discutiu a Lei Orçamentária Anual (LOA) na manhã desta terça-feira (28), na Câmara de Maceió. Para 2018, o orçamento previsto para gastos do município será de R$2,5 bilhões.
De acordo com o vereador Chico Filho (PP), apesar do orçamento ter sido alto, apenas 10% do valor estipulado será usado em investimento direto para o município.
“Infelizmente, ainda temos um custo da máquina pública muito pesado e isso nos impede de investir da maneira que queríamos no município. Mas é importante que a população participe para saber como eles querem que sejam gastos esses recursos” afirmou.
O verador prosseguiu dizendo que “o orçamento é bom dentro do possível, já que o município vive uma crise econômica. A maioria das nossas receitas são recorrentes de repasses do governo federal e a gente tem trabalhado para que tenhamos um 2018 melhor que 2017”.
Dentro do planejamento estimado pela prefeitura, cerca de 430 milhões estão destinados à despesas administrativas. O vereador afirmou que deve solicitar ao poder executivo uma melhor explicação sobre esses recursos.
“O executivo deveria passar melhor isso. Essas despesas correntes podem ser qualquer coisa. Então está dentro deste orçamento, mas não há um esclarecimento. Essa informação não nos foi repassada. Estamos solicitando essa explicação para o executivo para que a gente possa se manifestar” finalizou Chico Filho.
O líder comunitário do bairro Sítio São Jorge, Fábio Lira, esteve presente na audiência pública. Ele cobrou mais apoio do poder público municipal para maior assistência em grotas e em bairros de periferia.
“Nossa principal reivindicação tem sido na questão da saúde e do transporte público. Na comunidade do São Jorge, infelizmente, não temos um posto de saúde para nos atender. A unidade da Vila Emater e do São Jorge só atende uma quantidade pequena de moradores e tem muita gente que não tem assistência e lá tem espaço para ampliação. Com relação ao transporte público, retiraram linhas e o terminal do nosso bairro, o que prolonga ainda mais o tempo de espera. Tem gente que caminha de dois a três quilômetros para pegar um ônibus. Isso não existe” afirmou Fábio.