O Ministério Público Estadual (MPE) pede condenação e pena de 12 a 30 anos, durante o julgamento do corretor de imóveis Agnaldo Lopes de Vasconcelos, acusado de matar o capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, em 9 de março de 2016. O julgamento teve início na manhã desta segunda-feira (04), no Fórum do Barro Duro.
A acusação, sustentada pelo promotor de Justiça José Antônio Malta Marques, é de que não há dúvidas quanto à intenção de matar do corretor, que teria efetuado dois disparos de arma de fogo de maneira ‘covarde’ contra o militar. O capitão estava na porta da residência do acusado, no bairro Santa Amélia, no Conjunto Jardim Petrópolis II. O objetivo era averiguar um roubo de aparelho celular por meio do GPS. Como o proprietário não havia respondido o possível chamado, o capitão subiu no muro e foi surpreendido pelos disparos.
“Espero que o criminoso seja condenado a pena máxima por ter atirado covardemente, duas vezes, contra um representante da segurança pública”, disse o assistente de acusação, advogado Welton Roberto.
Para o advogado de defesa, Jionísio Pita, nesse momento o corretor teria confundido o militar com um possível assaltante, já que não havia viatura e a região é conhecida pelos contantes assaltos. A defesa aposta em erro durante a abordagem do militar.
Familiares pedem justiça
Vestidos com camisas brancas com a foto do militar, a mãe da vítima, Genilda Moreira Rodrigues, disse que não há como dimensionar o sentimento de perda. “Ninguém sabe o tamanho da nossa dor, perdemos o único filho. Cada dia que passa a dor aumenta. Ele não voltará, mas esperamos que o assassino pague pelo crime que cometeu. Porque ele desmoronou as nossas vidas, deixou meu neto sem pai. Meu filho era um homem de bem, sem malicia, um menino gigante”, disse a genitora.
O julgamento é conduzido pelo magistrado Anderson Passos, no salão do 3º Tribunal do Júri, no Fórum da Capital. O júri popular não tem previsão de término e deve durar todo o dia.
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