O coronel Pantaleão Ferro vai assumir, a partir desta quarta-feira (20), a 6ª Seção do Estado-Maior, no Centro de Processamento de Dados, Tecnologia, Informação e Inovação da Polícia Militar, onde será responsável por comandar ações estratégica da Polícia Militar. O nome do coronel, que estava à frente do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sediado em União dos Palmares, esteve envolvido recentemente em uma confusão com o deputado federal Nivaldo Albuquerque (PRP) e seu pai, o também deputado estadual Antônio Albuquerque (PTB), no município de Belém, no Agreste alagoano.
Em entrevista ao Alagoas 24 Horas, o coronel evitou comentar a polêmica ou mesmo atribuir a transferência ao episódio ocorrido em novembro, mas disse que irá assumir a seção com o mesmo empenho em que comandou o 2º BPM. “Será uma experiência nova, primeira função, pois até então só tinha assumido posição de comando. Ela é estratégica, ela pensa nas ações, vamos instrumentalizar o nível operacional em termo de tecnologia. Saio do batalhão com o sentimento de dever cumprido, se a minha corporação acha que posso ajudar nesse novo cargo, missão dada é missão cumprida”, diz o ex-comandante.
O coronel informa ainda que deixa o comando com saldos positivos no que tange ao combate à criminalidade. “Conseguimos capturar diversos infratores e membros de gangue em conjunto com a PRF [Polícia Rodoviária Federal]. Combatemos ainda o roubo a sacoleiros que ocorre muito nesse período”, avalia rapidamente.
A transferência foi publicada ainda na terça-feira (19), no Boletim Geral Ostensivo da Polícia Militar. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, a transferência para um cargo administrativo é “comum e acontece mensalmente na polícia”. Novamente, nenhuma relação foi apontada com a briga entre os deputados e o coronel.
Agressão e bate-boca
Até então comandante do 2º BPM, o coronel acusou o deputado Antonio Albuquerque de agressão após supostamente ter recebido uma ‘munhecada’ do parlamentar durante festa ocorrida no dia 26 de novembro, na Fazenda Santa Rosa, em Belém.
O oficial afirma que conversava com Albuquerque quando seu filho, o deputado federal Nivaldo Albuquerque, se aproximou e, em ‘tom de brincadeira’, o militar afirmou que “era conversa de gente grande e não de menino”. Nivaldo Albuquerque, que ocupa cadeira na Câmara Federal, teria se irritado com a piada e exigiu respeito, dando início à confusão.
Depois do episódio, segundo disse o comandante ao Alagoas 24 Horas, Antonio Albuquerque teria partido pra agressão física. O episódio, no entanto, foi negado pelo deputado um dia depois em nota enviada à imprensa.
Segundo Albuquerque, coronel estava “alcoolizado” e “completamente alterado” durante a intensa discussão. Ele também nega qualquer agressão e afirma ainda ter entrado em contato com o Comandante Geral da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio, onde foi solicitado solicitado que ele “adotasse as providências necessárias para conduzi-lo ao quartel”.