Existe a crença de que o avanço da idade é sinônimo de perda de memória e de que todo idoso terá em algum momentos esquecimentos, confusão mental entre outros sintomas que a população rotula de esclerose. No entanto, nem sempre tais problemas fazem parte do processo de envelhecimento.
Pensamentos confusos e desorientação em relação ao tempo, por exemplo, podem ser os primeiros sinais de outro problema, a doença de Alzheimer, patologia que destrói os neurônios de forma progressiva.
O diagnóstico precoce pode aumentar as chances do controle da doença, possibilitando ao paciente e aos familiares mais qualidade de vida e menos sofrimento, destaca a geriatra Helen Arruda, da unidade de geriatria da Santa Casa de Maceió.
Já o gerontólogo Paulo Renato Canineu, doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, alerta para o principal problema que cerca a doença: a dificuldade em identificá-la precocemente, uma vez que os sintomas iniciais são vistos como “comuns da idade”.
“O esquecimento, por exemplo, pode ocorrer em qualquer idade. O problema é quando isso interfere no cotidiano da pessoa”, diz Canineu. Ele estima que cerca de 800 mil a 1,2 milhão de brasileiros tenham algum tipo de demência e que entre 40% e 70% apresentem Alzheimer.