No verão, devido às altas temperaturas e a época de reprodução dos escorpiões, o número de acidentes com o aracnídeo tende a aumentar. Por isso a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) alerta sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar sofrer uma picada.
E os cuidados devem ser redobrados, principalmente entre as crianças, idosos e pessoas com imunidade baixa. Isso porque, segundo os especialistas, esse público é o mais suscetível a sofrer complicações decorrentes do ataque de animais peçonhentos.
Por essa razão, é necessário atentar para alguns cuidados básicos que podem evitar a proliferação dos escorpiões e o ataque a humanos. “É necessário limpar com frequência as caixas de gorduras e mantê-las vedadas e, antes de utilizar sapatos, toalhas e roupas, verificar que não há um escorpião agarrado”, alerta a técnica do Programa de Controle de Zoonoses e Vetores da Sesau, Silvana Tenório.
Outro cuidado importante, destacado pela técnica da Sesau, é cobrir os ralos, acondicionar bem o lixo, visando não atrair baratas, que fazem parte da cadeia alimentar do escorpião, além de não entulhar material de construção. “Deve-se evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando for preciso executar este tipo de ação”, orientou.
O que fazer – No caso de ser picado por um escorpião, segundo a técnica do Programa de Controle de Zoonoses e Vetores da Sesau, é recomendável limpar o local com água e sabão. Também é importante aplicar compressa morna no local, não fazer esforço físico e procurar orientação imediata em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e nos Ambulatórios 24 Horas.
Em Alagoas, no caso de agravamento do estado clínico de uma vítima de picada por escorpião, oito unidades foram habilitadas pela Sesau para aplicar o soro antiescorpiônico. Além do Hospital Escola Hélvio Auto, em Maceió, os demais órgãos de referência são o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca; Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe; Unidade Mista Dr. Antenor Serpa, em Delmiro Gouveia; Hospital Santa Rita, em Palmeira dos Índios; Unidade Mista Arnon de Melo, em Piranhas; Unidade de Emergência Antônio de Jesus, em Penedo e Unidade Djalma dos Anjos, em Pão de Açúcar.
“É importante ressaltar que não se deve amarrar o local da picada, nem aplicar nenhum tipo de substância ou curativos que fechem o ferimento, pois favorecem a ocorrência de infecções. Também não se deve cortar, perfurar ou queimar o local da picada, nem dar bebidas alcoólicas ao acidentado, porque elas não têm efeito contra o veneno e podem agravar o quadro clínico do paciente”, alerta Silvana Tenório.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), durante os meses de janeiro, fevereiro e março de 2016 foram registrados 2.100 notificações de picadas de escorpião em Alagoas. Em 2017, no mesmo período, foram notificados 2.553 casos.