A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, obteve parecer favorável para cumprir o restante da pena em liberdade. A defesa dela pleiteia o regime aberto desde junho do ano passado. Não há prazo para julgamento na Justiça, mas o documento deve embasar a decisão sobre o pedido.
O exame criminológico foi solicitado pelo Ministério Público. Para análise da detenta, Suzane foi submetida à avaliação de uma junta médica. O G1apurou que o exame foi concluído nesta semana. O processo está em segredo de Justiça.
No regime mais brando, Suzane poderá deixar a prisão em Tremembé (SP) – onde é interna desde 2006 – e ficará livre. Ela deve apenas comparecer na Justiça em datas pré-determinadas.
Suzane já manifestou que pretende trabalhar e estudar. Uma confecção de Angatuba (SP), onde vive o namorado da detenta, ofereceu emprego para ela e, Suzane tenta desde 2016 ingressar no curso superior de administração de empresas.
O crime cometido por Suzane foi em 2002, quando ela foi presa pela primeira vez e, desde 2006, está em Tremembé no presídio conhecido por abrigar detentas de casos de grande repercussão, como Anna Carolina Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni; e Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido.
Pedido
No pedido para Suzane ir ao regime aberto, a Defensoria Pública, que faz a defesa de Suzane Richthofen, apontou que ela cumpriu o tempo de pena necessário para ter direito à progressão para o regime aberto – sendo um sexto da pena no semiaberto. O documento destaca ainda o “ótimo comportamento carcerário da sentenciada” apontado em atestado emitido na época pela direção da penitenciária.
No cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria cobrou o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do trabalho de costureira que a detenta exerceu na oficina no presídio. Antes, ela atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.