O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, visitou nesta sexta-feira, 12, a orla lagunar de Maceió, no trecho entre as favelas Sururu de Capote e Torre. A visita do representante do Governo Federal à capital alagoana representa o primeiro passo para o início do projeto de reurbanização do local e, consequentemente, para por fim às favelas de forma definitiva.
O prefeito Rui Palmeira explicou que nos últimos 30 anos foram realizadas pelo menos cinco tentativas de acabar de vez com as favelas da região, sem sucesso. No entanto, nesse projeto Palmeira pretende construir cerca de 1800 unidades habitacionais e no local onde hoje existem os barracos, construir uma via.
“A gente quer usar parte do canteiro para fazer novos apartamentos e quando retirarmos, de forma definitiva os moradores, a gente vai passar a pista onde estão os favelas para evitar que voltem a construir. Essa via estará margeando a lagoa no trecho citado e servirá como barreira contra novas invasões”, explicou Palmeira.
Questionado sobre o prazo para início das obras, o prefeito disse que dará entrada na Caixa Econômica Federal, na próxima semana e depois disto, dependerá apenas da burocracia e liberação do Governo Federal. “A gente só precisa desafetar e começar as obras”.
Para o prefeito, o combate à venda ilegal de casas também é uma das prioridades nesse projeto. Ele conta que a prefeitura realizou um cadastro de todas as pessoas que moram na região e esse levantamento foi concluído em novembro do ano passado. Tal cadastro não foi divulgado para evitar que aparecessem aproveitadores. “Os beneficiários dessas unidades serão os moradores originais do bairro”, ressaltou. O passo seguinte é a filtragem da caixa para ver quem de fato tem direito a Casa.
De acordo com o ministro Alexandre Baldy, o projeto apresentado pela prefeitura está orçado, inicialmente, em R$ 200 milhões. “Acreditamos que este projeto deve beneficiar em torno de doze mil pessoas, com essas moradias. Mas, é claro que se houver necessidade das obras de infraestrutura, tal como água e esgotamento sanitário, esse volume pode ser muito maior. Por que as intervenções são feitas de modo a atender todo a região e o bairro”, destacou o ministro.