A partir desta quinta-feira (18) o sistema público de saúde da cidade de São Paulo passa a oferecer gratuitamente um medicamento que previne a infecção pelo vírus HIV. Batizado de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), ele evita que pessoas expostas ao vírus desenvolvam Aids.
Num primeiro momento, o PrEP só vai ser oferecido para grupos considerados de risco: profissionais do sexo, homens e mulheres transexuais, casais sorodiferentes (quando um tem HIV e o outro não) e homens gays – independentemente de terem parceiro fixo ou não.
“A profilaxia pré-exposição ao HIV é uma combinação de duas drogas que são drogas da terapia que compõe a antirretroviral”, explica Adélia Swartz, diretora do Departamento Nacional de DST/Aids.
“Essas drogas inibem na genitália masculina e feminina entrada do vírus porque ela age numa determinada enzima que o vírus têm e o torna inativo”, diz, reforçando que a prevenção consiste em tomar a pílula diariamente. Mulheres passam a estar prevenidas a partir de 20 dias após o início da medicação, e homens, a partir de 7 dias.
Para todo o estado de São Paulo, foram 1.200 doses distribuídas pelo governo federal, 660 dos quais para a capital. A promessa do Ministério da Saúde é ajustar a distribuição conforme a demanda da medicação.
Um grupo experimental de 400 pessoas no estado já fazem tratamento experimental com a PrEP. Quem é soropositivo não deve tomar a PrEP, já que a medicação pode interferir no tratamento.