Ano passado eles tiraram para descansar, mas este ano o bloco Pinto da Madrugada volta com tudo para a avenida. Neste sábado (3), 15 orquestras estarão prontas para fazer alagoanos e turistas pularem e dançarem ao som de muito frevo. Além disso, o desfile irá contar com três carros alegóricos, ala de passistas, estandartes, clarins, alegorias, comissão de frente, muitas fantasias e a tradicional Pintoca, embalada por uma orquestra e um coral que canta as tradicionais músicas de nosso carnaval. A concentração do bloco será às 6h, em frente ao hotel Enseada, na linda orla de Pajuçara. A saída está marcada para às 9h e promete muitas surpresas para os foliões.
O bloco Pinto da Madrugada nasceu em 1999 quando quatro amigos, apaixonados pela cultura alagoana, organizaram, de forma despretensiosa, um bloco embalado por muito frevo e marchinhas. Eram eles: Braga Lyra, Marcial Lima, Marcos Davi e Eduardo Lyra. De lá pra cá o bloco cresceu, reuniu gente de todas as tribos, classes sociais, idade e lugares, em uma folia que tem como marca registrada a tranqüilidade e descontração. 18 anos depois, declarado oficialmente patrimônio imaterial da cultura alagoana, os criadores deram lugar para as criaturas e este ano assumiram a direção do Pinto da Madrugada a nova geração do bloco: Hermann Braga, Patrícia e Thiago Lima, Ana Luiza, Eduarda e Beatriz Lyra.
Além da nova direção, o bloco veio cheio de novidades. Pensando na sustentabilidade e no pertencimento do público, foi criada uma loja oficial do Pinto com produtos oficiais, como camisas, canecas, pintinho de feltro, almofadinha e até mesmo a cerveja artesanal do Pinto, criada pela premiada cervejaria Caatinga Rocks.
Também foi montado um calendário de eventos, com direito a bloquinho infantil, ensaio aberto ao público, e o já famoso Munguzá do Pinto, que no último sábado reuniu milhares de pessoas na Ponta Verde. Depois de tanta folia em solo maceioense, o Pinto ainda deu um pulinho em Arapiraca, onde participou do retorno do bloco A Pinta.
Este ano, a estimativa dos organizadores é superar a média dos 200 mil foliões dos anos anteriores. Para isso, mais de mil pessoas estarão envolvidas, entre músicos, de várias cidades de Alagoas; passistas, seguranças, apoio, porta estandarte e cordeiros, que apenas dão suporte às orquestras, uma vez que o Pinto da Madrugada é um bloco democrático e aberto, não possuindo cordas para os foliões.
Já consolidado como uma das maiores festas abertas do País, o Pinto da Madrugada tem um objetivo diferente este ano. Além do carnaval, ele quer servir de resgate à cultura alagoana. O mascote ganhou roupagem nova e no lugar da sombrinha de frevo, o chapéu de guerreiro.
Segundo Hermann Braga, um dos diretores, o Pinto da Madrugada é uma festa que reúne toda família e este é seu grande diferencial. “É comum vermos todas as gerações no bloco e muita irreverência com fantasias muito criativas. Crianças, jovens e adultos brincam em clima de muita descontração e irreverência. Acho que o nosso diferencial é, justamente, ser um bloco que promove elos positivos entre as pessoas, com milhares de grupos de amigos, familiares, colegas de trabalhos que se juntam para curtir o carnaval tradicional embalado por marchinhas e frevos”, destaca.