Foliões foram baleados e mortos após briga com frentistas por xixi em posto

Dois homens morreram e um está internado. Amigas suspeitam que seguranças armados do posto atiraram em amigos.

Arquivo pessoalAmigos em bloco de carnaval antes do crime na Rebouças

Amigos em bloco de carnaval antes do crime na Rebouças

Os foliões mortos no sábado (3) em um posto de combustíveis na Zona Oeste de São Paulo foram baleados após discutirem e brigarem com frentistas do local, disseram amigos das vítimas que testemunharam o crime. Dois jovens morreram e um outro está internado.

Foram mortos o professor de educação física Bruno Gomes de Souza, de 31 anos, e o metalúrgico João Batista Moura da Silva, de 30 anos. O sobrevivente é o empresário Rodrigo Beralde da Silva, de 35.

O motivo da confusão, segundo amigos, foi o fato de parte do grupo, que participou de blocos de carnaval, ter urinado em sacos de lixo após ser proibido por funcionários de usar o banheiro do local, que estava interditado.

“Tudo começou por causa de um banheiro. Foi uma brutalidade”, disse uma testmeunha. Segundo ela, parte dos funcionários do posto as autorizou a usar o local do depósito de lixo, mas quando Bruno foi usar o espaço, foi proibido pelos frentistas. Ao voltarem para a frente do posto, começou uma briga e um homem com uma camisa branca mostrou uma barra de ferro e depois uma arma.

Outra amiga disse que também presenciou a agressão, mas não viu quem atirou. Ela suspeita de que seja alguém que faça segurança ao posto Shell da Avenida Rebouças. A reportagem não conseguiu localizar os responsáveis pelo local para confirmar se ele contratam vigilantes armados.

“Ouvi seis tiros. Não vi quem disparou, mas achamos que é algum segurança, algum policial que faça bico no local porque os tiros que atingiram meus amigos foram dados em áreas vitais do corpo”, falou uma testemunha, que só aceitou falar sob a condição de que seu nome não fosse divulgado.
Ela teme represálias. “Tudo leva a crer que os funcionários estão protegendo a pessoa que atirou, que ainda está solta por aí”.

Essa jovem e pelo menos outros seis amigos do grupo deverão prestar depoimento à Polícia Civil. O caso é investigado pelo 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros.

Procurado pelo G1 para comentar como está a investigação em busca do atirador, o delegado titular Roberto Krasovic disse que ainda não tem suspeitos pelo crime, mas que apura a versão dada por duas testemunhas: a de que alguém ligado ao posto possa ter atirado nos foliões após a briga com os frentistas.

“Não descartamos nenhuma hipótese”, falou Krasovic, que disse ainda que sua equipe de investigadores vai buscar saber se as câmeras do posto gravaram a confusão. “O objetivo é colher depoimentos e ver imagens que possam identificar o atirador”.

As vítimas estavam em um bloco de carnaval na região do Parque Ibirapuera, na Zona Sul da cidade, e se deslocando em direção a Pinheiros. Segundo o depoimento de dois frentistas à Polícia Civil, as vítimas tentaram entrar em uma parte do posto onde ficam guardados sacos de lixo para urinar. Eles conseguiram entrar na área, fecharam o portão e, quando voltaram, ocorreram os disparos.

A polícia encontrou maconha com um dos frentistas e documentos e um celular de um homem no escritório do posto que, segundo o gerente, são pertences deixados por um cliente no posto.

Os funcionários do posto e da drogaria, que fica no mesmo local, disseram não ter visto o tiroteio porque entraram no trabalho às 22h.

Fonte: G1

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