O Instituto Biota de Conservação registrou no período de carnaval (do sábado até a quarta-feira de cinzas) 15 desovas de tartarugas no litoral alagoano. Alguns dos casos foram registrados pela população, outros foram monitorados pelo próprio órgão.
Os casos de desova se tornam recorrentes durante o verão, já que a temporada de desova das tartarugas começa geralmente no mês de setembro e segue até março do ano seguinte. Na praia do Mirante da Sereia o instituto registrou dez situações de desova.
Cinco demandas da população foram registradas, duas na Barra Nova (registro da cama de desova); uma na praia do Francês (flagrante do animal desovando); uma na praia de Ipioca (flagrante do animal desovando); e uma na praia de Tabuba (flagrante do nascimento de um ninho não monitorado).
Durante as desovas os ninhos podem ser ameaçados pelo risco de erosão, vandalismo ou roubo por pessoas, e encharcamento pela água do mar. Por isso, existe a eventual necessidade de translocação. O comportamento de algumas pessoas também compromete a desova, como: gritos, sentar ou pisar sobre o animal, trânsito de veículos, lixo, utilização de flashes de máquinas fotográficas e refletores.
A orientação é que as pessoas que presenciem tartarugas procurando a costa para realizar desova entrem em contato com o IMA: 3315-1778/ 9.8867-6515; Biota: 9.9115-2944; ou Batalhão de Polícia Ambiental (BPA): 3315-4325.
Além das desovas foram registrados o aparecimento de dois golfinhos através do monitoramento, um na praia de Carro Quebrado e outro no Morro de Camaragibe, e 11 encalhes de tartaruga, três por meio de monitoramento e oito por demanda da população.
No carnaval de 2017, os números registrados foram bem menores, sendo apenas um caso de desova; um caso de encalhe de golfinho; e nove encalhes de tartaruga.
Aplicativo para denúncias
O Instituto Biota de Conservação, conta com um aplicativo para denúncias, o Biota Mar. O aplicativo pode ser baixado de forma gratuita nas plataformas Android e iOs.
O app serve para que a população denuncie onde tenha animais encalhados, além de denúncias que podem ser feitas. Trata-se de um aplicativo simples e de fácil manuseio e também voltado a pescadores. Eles podem tirar fotos de animais, facilitando o trabalho do instituto.