Desde o início desta semana, a população de Arapiraca tem espalhado pelas redes sociais a informação de que os moradores da região estão sendo atacados por pessoas com uma seringa. Dois dias após o burburinho, o Hospital de Emergência Daniel Houly confirmou dois casos no município.
Segundo a unidade hospitalar, na segunda-feira, 19, um garoto de 10 anos deu entrada no HE após ser ferida no braço com agulha de seringa. Ele contou que no domingo, 18, um rapaz o segurou pelo braço, na porta de sua casa no bairro Manoel Teles, e injetou a agulha da seringa. Horas depois do caso, o menino apresentou sonolência e dificuldade para caminhar. Diante dos sintomas, a mãe da criança resolveu levá-la ao Hospital de Emergência Daniel Houly.
Lá, a criança foi examinada e a equipe de enfermagem o encaminhou para atendimento médico. Em seguida, o garoto foi transferido para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), em Maceió, para receber vacina e medicação antirretroviral.
Após o caso do garoto, o hospital resolveu mobilizar as equipes médicas e de enfermagem para um levantamento mais detalhado acerca da assistência a pacientes que tenham sido vítimas de outros ataques com o mesmo instrumento. Ao analisar os relatórios médicos, o HE do Agreste descobriu que no dia 31 de janeiro uma jovem, residente no Conjunto Residencial Brisa do Lago, procurou a unidade hospitalar com a mesma queixa.
Na ocasião, a mulher relatou à enfermeira de plantão que estava em um açougue quando uma mulher com uma criança entrou no estabelecimento comercial. No local, a mulher ordenou que a criança atacasse a vítima com a agulha de uma seringa. Com medo de contaminação, a jovem procurou ajuda no HE e também foi encaminhada ao HDT, em Maceió.
Com a constatação dos fatos, a direção do Hospital de Emergência Daniel Houly acionou o Conselho Tutelar de Arapiraca e a Delegacia de Polícia Civil. Os órgãos competentes já estão adotando todas as providências cabíveis com o intuito de esclarecer os dois episódios.
