Delegado descarta existência de maníaco da seringa em Arapiraca

João Urtiga / Alagoas 24 HorasDelegado Thiago Prado

Delegado Thiago Prado

O delegado Thiago Prado, titular da 4ª Delegacia Regional de Polícia, investiga as denúncias de que pessoas estão sendo atacadas por seringas em Arapiraca, agreste alagoano. Até o momento, o  Hospital de Emergência Daniel Houly confirmou quatro casos no município.

Segundo informações do delegado, a polícia descartou a possibilidade de uma maníaco da seringa e acredita que os autores são pessoas querendo reproduzir em Arapiraca casos de repercussão no país.

“Não houve registro de boletim de ocorrência na Delegacia Regional. Tivemos a informação de dois casos de pessoas que foram ao Hospital de Emergência do Agreste registrando queixas de que tinham sido espetadas por seringas. Entretanto, a Polícia Civil descarta, neste momento, a existência de algum maníaco que esteja querendo contaminar as pessoas. Há principio, tivemos contato com uma  das vítimas, que mencionou ter sido espetada por uma criança ou adolescente. Ela não sabe ao certo. Mas, com certeza, é alguém querendo reproduzir em Arapiraca fatos repercutidos em mídia nacional. A Polícia Civil está atenta e investigando o caso para identificar, o mais rápido possível, os autores deste fato”, afirmou Thiago Prado.

O delegado afirmou ainda que o resultado dos exames realizados pelas vítimas no Hospital Escola Hélvio Auto, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, não apontam contaminação.

Casos

No início da semana, um garoto de 10 anos deu entrada no Hospital de Emergência Daniel Houly após ser ferido no braço com agulha de seringa. O menino apresentou sonolência e dificuldade para caminhar. Diante dos sintomas, a mãe da criança resolveu levá-la ao Hospital de Emergência Daniel Houly.

O caso, que se espalhou pelas redes sociais, levou a unidade hospitalar a realizar um levantamento mais detalhado  com o intuito de encontrar fatos semelhantes. Com a busca, o HEA descobriu outros três casos.

Segundo informações da assessoria de comunicação do HEA, o primeiro caso aconteceu no dia 26 de janeiro quando uma mulher, de 30 anos, foi atacada por seringa no Centro de Arapiraca. A moça, que é de Limoeiro de Anadia, contou que andava por uma rua de Arapiraca quando uma mulher com três crianças se aproximaram da vítima e um dos menores a atacou com a agulha de seringa.

No mesmo dia, ela procurou a unidade de saúde de Limoeiro de Anadia, mas foi orientada a buscar atendimento no Hospital de Emergência do Agreste. Contudo, a mulher só foi ao HEA ontem (21) após repercussão do caso na imprensa. Devido a demora, a mulher foi encaminhada ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) para a realização de exames.

A outra vítima deu entrada no HEA no dia 31 de janeiro. A mulher, residente no Conjunto Residencial Brisa do Lago, relatou à enfermeira de plantão que estava em um açougue quando uma mulher com uma criança entrou no estabelecimento comercial. No local, a mulher ordenou que a criança atacasse a vítima com a agulha de uma seringa.  Com medo de contaminação, a jovem procurou ajuda no HEA e foi encaminhada ao Hospital Hélvio Auto, em Maceió.

O terceiro caso foi registrado no dia 16 de fevereiro quando uma jovem, de 18 anos, procurou o hospital ao ser atacada por uma pessoa com agulha de seringa no Centro de Arapiraca. Por último, o HEA registrou o caso do menino de 10 anos, que estava em frente a sua residência e foi atacado por um homem com uma seringa.

Fotografia do suposto acusado

O Hospital de Emergência Daniel Houly esclareceu ainda que em nenhum momento publicou fotografias de supostos agressores. E informa que a Polícia Civil e o Conselho Tutelar já foram comunicados dos fatos e são os responsáveis por esclarecer os episódios.

Confira a nota: 

O Hospital de Emergência Daniel Houly, por meio de sua Assessoria de Comunicação, vem esclarecer a toda sociedade que, de acordo com os relatos das quatro pacientes, vítimas de ataques com agulhas de seringa, as características dos agressores não condizem com a foto de um homem que está circulando nos grupos de WhatsApp e outras redes sociais.
Em nenhum momento, este hospital teceu qualquer comentário ou publicou fotos acerca dos supostos agressores, sabendo que é de total competência da Polícia Civil de Alagoas e do Conselho Tutelar de Arapiraca, instituições que foram comunicadas dos fatos e já estão adotando todas as providências para esclarecer os episódios e identificar os autores desses ataques.

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