Peritos criminais fazem vigília e ameaçam paralisação de advertência

Jorge Farias / AL24H - ArquivoPerícia

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Os peritos criminais de Alagoas realizam nesta sexta-feira (23), a partir das 10h, uma vigília em frente a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) em busca de respostas sobre a proposta de atualização do Plano de Carreiras, Cargos e Salários da (PCCS) da categoria.

De acordo com o representante da classe, Paulo Rogério Ferreira, a última versão do projeto foi entregue em janeiro deste ano, mas de acordo com informações obtidas junto à Secretaria, estaria com seu processo de análise paralisado dentro do órgão, por problemas administrativos.

“Nós tomamos conhecimento que a análise da nossa proposta não estava evoluindo e portanto pedimos uma reunião com o secretário e iremos realizar o ato amanhã, enquanto uma comissão discute com o gestor da pasta o prosseguimento da proposta. Esse projeto prevê melhorias para os profissionais, mas que irão impactar diretamente o serviço que nós prestamos à sociedade alagoana”, explicou Paulo Rogério.

A nova proposta de PCCS foi baseada nas adotadas em outros estados da federação e visa o reconhecimento de atividades extra produção de laudos periciais, exercidas pelos peritos, como a produção de trabalhos científicos e publicações de livros e manuais e atualização das formas de trabalho.

“Se esta proposta for aprovada haverá não só o engrandecimento da atividade pericial, mas o incentivo para que o profissional perito invista em si mesmo, se qualifique, estude mais, produza mais, o que impactará no próprio órgão e na maior qualidade das provas técnicas que são utilizadas por delegados, promotores e magistrados, entre outros”, defendeu o representante.

Amanhã durante a realização do ato, uma comissão que representa os peritos que hoje atuam em Alagoas, discutirá com o secretario Fabrício Santos, o encaminhamento do projeto. Após a reunião, a classe se reunirá para definir quais os próximos atos e não descarta realizar uma paralisação de advertência de 24 horas, caso o resultado não seja positivo.

Hoje, apenas 55 peritos atuam em toda Alagoas, divididos em dois setores principais (peritos internos e peritos externos). A classe acredita que o número ideal de profissionais para a demanda atual do estado seja de pelo menos o triplo. A classe tem também a expectativa de que o estado convoque mais 17 profissionais da reserva técnica ainda este ano e possa desta maneira descentralizar o trabalho que hoje é realizado, quase que exclusivamente em Maceió.

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